Sabrina Cavalcanti

Suponha que seu objetivo seja juntar dinheiro para comprar uma casa. Você tem trabalhado bastante a fim de fazer o dinheiro entrar afinal casas não custam pouco. Daí senta-se com um consultor financeiro que procurou para ajuda-lo com seus investimentos. Ajuda profissional pode levar a resultados mais consistentes, você pensa.

Agora me diga, nesse exemplo, você perguntaria para o consultor algo como: “Se eu economizar de segunda a sexta-feira, posso gastar com o que quiser aos finais de semana?” 😳 Provavelmente não, a resposta é óbvia!

Agora troque o consultor pelo nutricionista, troque a casa por um corpo saudável, talvez maior, talvez mais magro, e troque então o “gastar” pelo COMER.

👉🏻 É uma ilusão absurda que as pessoas têm sobre a relação entre final de semana e dieta (sim, a palavra é essa. DIETA - do grego: modo de viver). Não sei de onde vem a ideia de que desde que se alimente bem até quinta-feira, comer além das necessidades aos finais de semana vai ser totalmente justificável! Não tem lógica!!

A semana tem SETE DIAS, vamos supor que você coma mal em DOIS. Na melhor das hipóteses isso vai custar “um pra um” (ou seja, dois dias “furados” custando dois dias “bem feitos), mas nunca é “um pra um”, já que o nível do “erro” dificilmente é igual ao do acerto, costuma ser bem maior! Gerar um déficit de 500 calorias não é tão fácil quanto um superávit. Sendo assim, nesse exemplo, vamos ser legais e descontar só mais um dia.

SETE DIAS - dois comendo mal - praticamente CINCO DIAS de trabalho jogado fora! E daí, a mocinha senta à frente do consultor e diz: “economizo dinheiro cinco dias por semana, me dou o direito de gastar o que quiser aos finais de semana, porquê poxa, ninguém é de ferro!” E daí pergunta: “Por que não estou emagrecendo? Pode ser meus hormônios? Minha tireóide? Pode ser um platô?” 🤨

Não tem conversa, é erro na base!