Analgésicos: Os perigos da automedicação (Parte II)

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Mas, não é somente isso, a conscientização, ela é um pouco mais complexa e “Passa também pela redescoberta, entre outras coisas, do importante papel dos farmacêuticos no mundo contemporâneo como agentes de promoção e prevenção à saúde.” (Fonseca e Frade, 2005)

Também “Passa pela conscientização da importância de um trabalho mais estreito entre médicos e farmacêuticos, o que levará, sem dúvida, a um maior benefício para a saúde. Passa, ainda, pela constatação de que as farmácias podem e devem ser um espaço de promoção e prevenção da saúde.” Porém o maior problema é que “A grande maioria dos brasileiros não vai aos postos de saúde, mas vai às farmácias. Vale a pena pensar na importância de se ajudar no nascimento de uma nova farmácia e de um novo farmacêutico. A sociedade agradece.” (Fonseca e Frade, 2005)

Na maioria das vezes ninguém se levanta e corre até o pronto socorro ou posto médico, “A partir do momento em que os sintomas se manifestam, na maioria das vezes, as pessoas usam medicamentos. Afirmam os autores, “Mas é preciso cuidado, pois esses servem para aliviar, curar ou, paradoxalmente, piorar muitas das disfunções e doenças. Geralmente, para que o medicamento, exerça sua ação, ele percorre um longo caminho no organismo e pode atingir alvos indesejáveis e causar problemas, entre eles, os efeitos colaterais e reações adversas.” (Fonseca e Frade, 2005) Tanto você pode estar sendo curado de sua dor ou aumentando seu risco de morte, na automedicação não há como saber, é literalmente uma bomba relógio.

Também “Estudos do Sistema Nacional de Informações Tóxico farmacológicas mostram que os medicamentos ocupam a primeira posição entre os três principais agentes causadores de intoxicações.” e não é somente isso, “Outros problemas relacionados ao uso dos medicamentos são a ingestão de produto não indicado e a possibilidade de provocar alergia. Os medicamentos são desenvolvidos para serem tomados com água.” Portanto “Recomendações para ingestão com outros líquidos devem ser verificadas caso a caso. Um exemplo de ingestão inapropriada pode ser o uso do antibiótico tetraciclina com leite. Outro, as pílulas anticoncepcionais com antiácidos.” (Fonseca e Frade, 2005)

Na automedicação os mais populares são os comprimidos analgésicos que são ingeridos sem critérios, principalmente quando está com algum tipo de dor. Mas não são somente eles que são usados na automedicação. Segundo Fonseca e Frade (2005) “É preciso cuidado não só com medicamentos industrializados. É um equívoco acreditar que as plantas medicinais não prejudicam a saúde. São os componentes químicos das plantas que garantem sua ação no organismo.” Não é porque é natural que não vai fazer mal a sua saúde, fosse dessa forma, não existiriam venenos na natureza.

Infelizmente “A automedicação é muito comum em nosso meio. Entre as classes de medicamentos mais procuradas estão os analgésicos, antitérmicos, antiinflamatórios (sic), descongestionantes, antibióticos, anti-helmínticos e antimicóticos.(sic)” (Fonseca e Frade, 2005) Todos eles ingeridos sem a orientação de um médico e muitas pessoas nem sabem se são alérgicos aos seus componentes.

Ainda “Nesse contexto, é importante ressaltar a necessidade de a população obter informações adequadas e suficientes sobre o correto uso dos medicamentos, visando a uma utilização mais racional, segura e eficaz.” (Fonseca e Frade, 2005) Se não sabe o que tomar para aliviar sua dor ou mal-estar “O melhor a fazer é procurar um médico diante de qualquer sintoma. Somente ele poderá indicar o tratamento adequado.” Evitar de ouvir os “entendidos em remédios,” pois na maioria das vezes, eles nada entendem. 

Se não conseguir encontrar um médico por alguma razão, nas farmácias há outro profissional “O farmacêutico, por sua vez, é um importante profissional de saúde, capacitado a informar ao consumidor sobre os riscos potenciais relacionados ao seu uso.” (Fonseca e Frade, 2005) Na falta de um médico ele pode também auxiliar.

Não somente os brasileiros, mas todos sem exceção devem procurar o médico quando não estiverem bem de saúde e evitar a automedicação. Os brasileiros estão no topo com essa má atitude, mas não quer dizer que em outros países isso não aconteça. O melhor de tudo ao sentir algum problema com a sua saúde, procurar ajuda de um profissional qualificado, ele vai orientar sobre o melhor tratamento para você, com segurança. Não vale a pena morrer enquanto procura a cura, mas pode acontecer, mais rápido do que você imagina.

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Para saber mais:

Fonseca e Frade. José Júlio de Andrade e Josélia. Automedicação, velho hábito brasileiro. Disponível em: http://www6.ensp.fiocruz.br/visa/?q=node/5499 Acesso em: 12/02/2017

____ Bruce Lee, Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Bruce_Lee Acesso em: 12/02/2017