Sergio Weinfuter

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HARIKIKIGAKI – O LIVRO DOS PARASITAS

HARIKIKIGAKI – O LIVRO DOS PARASITAS



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                                 Imagem: http://www.rusmea.com/2013/10/harikikigaki-o-livro-dos-parasitas-de.html



Em todos os tempos durante a evolução humano, o ser humano sempre procurou ajuda para aliviar dores de seus corpos, fossem elas fruto de algum acidente ou doenças que de uma forma ou de outra, haviam se manifestado em seus corpos, trazendo a dor e o sofrimento para as pessoas contaminadas por eles.

Como a natureza sempre esteve presente com o ser humano e para onde ele migrava, encontrava mais, fez dela sua aliada e quando não estava se sentindo bem, procurava a cura das ervas medicinais. Apesar de todos os avanços na área da medicina, ainda hoje muitas pessoas acreditam nos remédios feitos com ervas naturais, sem falar nas diversas farmácias de manipulação que encontramos em quase todas as esquinas.

Algumas ervas continuam trazendo alívio para o corpo humano até os dias de hoje, outras ficaram esquecidas no tempo. Muitas estavam misturadas a crenças e superstições e com o avanço da civilização, elas ficaram para trás. Porém, mesmo que em nossos dias não tenham seus efeitos terapêuticos constatado, elas ficaram marcadas na história. Em algum momento da nossa evolução elas desempenharam seus papéis, auxiliando o ser humano na busca pela cura de doenças e males que acompanhou a evolução humana.

Dessa forma, nos deparamos com algumas crenças e “receitas” que não são mais utilizadas (pelos menos pela grande maioria) mas servem para conhecermos como as doenças eram tratadas em uma época mais remota no curso da civilização humana. Nessa busca me deparei com o livro dos parasitas de 1568 (pelo menos é o ano de sua publicação) que foi utilizado no Japão como sendo um livro medicinal de sua época.

O livro chamado Harikikigaki descreve diversos malefícios parasitários que poderão acometer os seres humanos e em alguns deles, indica como curá-los. Atualmente “O Harikikigaki é um livro considerado como tesouro nacional e patrimônio cultural do Japão, que está sob os cuidados do Museu Nacional de Kyushu. Escrito pelo médico de acupuntura, Ibaraki Genkyou no país de Settsu (Atualmente Osaka) e publicado no dia 11 de outubro do ano 11 do período Eiroku (1568). Em pleno período das guerras do Japão.” (Rusmea, 2013)

Além das “receitas” apresentadas no livro para combater os supostos parasitas, “O livro foi ilustrado com um total de 63 parasitas, sendo o maior atrativo desta obra única na literatura Japonesa.” Ainda “Seu conteúdo, além das ilustrações dos parasitas, capazes de fazerem jus aos youkais (entidades – monstros – duendes) do Japão, conta como tais teriam sido encontrados ''enrolados nos intestinos'' após necrópsias de hospedeiros mortos, chá de ervas medicinais que expulsariam tais vermes com muito sofrimento e que se despejassem tais chás medicinais sobre o parasita, já fora do corpo humano, este trataria de fugir.” (Rusmea, 2013)

Vamos conhecer cada um deles, sua descrição e também como combatê-los, embora alguns não tenham uma cura descrita no livro para a cura de seus males. “O livro, que seria um tratado médico restrito ao mundo da medicina daquele tempo, chega aos dias atuais com observações tão distantes do nosso atual modo de pensar, que chega a soar absurdo, mas surpreendentemente com alguns remédios naturais que aparentemente possuem propriedades benéficas à saúde ainda sendo consumidos e o importante conceito de que um organismo externo pode ser a origem de doenças.” (Rusmea, 2013)

Cada parasita descrito no livro representa uma parte do corpo humano que ele supostamente se instalou e deixou seu hospedeiro doente. Segue relação de cada órgão humano e os respectivos vermes que o faz adoecer:


Coração



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Umakan -Seria uma criatura que se fixaria no coração e se desenvolveria com o passar do tempo, onde era preciso que o indivíduo atacado pelo parasita, mantivesse sempre um estado de tranquilidade e para isso, foram transmitidos várias formas de acupuntura para combater o verme. Independente de ser na fase inicial ou tardia, o tratamento por agulhas não era alterado, apenas que as aplicações com métodos mais agressivos, não eram recomendados.


Pulmão


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Haimushi ou Haichu – Seria um verme que atacaria os pulmões e a forma de contágio seria através de arroz contaminado, já que tal parasita atacaria esses grãos. O tratamento era simples, bastava ingerir o chá de 'Byakujutsu' (Atractylodes macrocephala Koidz. NDT. rusmea.com) para a criatura desaparecer do organismo hospedeiro. Consta no livro, um detalhe importante, de que em caso dos vermes abandonarem por si mesmos o organismo hospedeiro, este morreria e os vermes se transformariam em 'Hitodama' (Almas dos homens).


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HaishakuO pulmão era considerado naquele tempo, como a 'tampa deslumbrante' dos 5 órgãos (Fígado, coração, baço, pulmão, rins), localizado na parte mais alta, onde essa criatura atacaria. Os indivíduos atacados por tal parasita, desenvolveriam uma repulsa por cheiros bons e ruins, já que se pensava naquele tempo que o nariz eram os 'buracos dos pulmões'. Os hospedeiros apresentariam uma preferência extrema pelo cheiro de sangue fresco e também desenvolveriam uma preferência por comidas picantes e sempre estariam pensando em coisas tristes. O pulmão era o 'metal' entre os 5 elementos, assim que esse verme teria a cor branca e o indivíduo atacado por ele, ficaria com a pele pálida e reclamaria de um sofrimento no peito. O Haishaku iniciaria o seu ataque ao hospedeiro pela ponta do pulmão, acabando por cobrir toda a parte interna da caixa torácica. O tratamento seria por acupuntura, cujas agulhas precisariam ser aplicadas com o máximo de delicadeza e o mais superficialmente possível.


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Sori no kanchu – Um verme terrível. Consta que o parasita gostava de comidas ardidas (Supostamente, através do que o hospedeiro comia. NDT. rusmea.com) e parasitaria a espinha dorsal do indivíduo, roendo os ossos dessa região, provocando a doença chamada naquele tempo de 'Sori', que seria equivalente hoje em dia à distorção da coluna vertebral. O tratamento era com o chá de 'Mokkou' (Saussurea costus. NDT. rusmea.com) e 'Byakujutsu' (Atractylodes macrocephala Koidz. NDT. rusmea.com), ambas plantas medicinais, utilizadas para outros fins, até os dias atuais na Ásia. 


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Kanshaku – Também conhecido como 'Koeki', seria um parasita que atacaria o fígado. Teria um formato parecido ao de um seio e atacaria 'escalando' e 'espetando' o lado esquerdo do corpo em direção á região do fígado do indivíduo. Sempre nervoso, o rosto do parasita apresentaria a cor verde. (Apesar do bicho ser ilustrado com a cor vermelha no livro...NDT. rusmea.com) Como tal criatura teria surgido no leste do Japão, dentre os 5 elementos, ele seria a 'madeira' e por esse motivo, lhe teriam representado com a cor verde. Pessoas infectadas pelo Kanshaku, teriam surtos de raiva ao ponto de seus rostos ficarem verdes e desenvolveriam uma preferência por insultar através de gritos, as outras pessoas. O parasita teria predileção pelo sabor azedo e detestaria os alimentos gordurosos. O livro não apresenta um tratamento para combater o parasita.


Baço


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Hizou no Kesshaku – Geraria problemas no baço e poderia ser combatido com 'Shazenji' (Sementes de tanchagem. NDT. rusmea.com)


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Hizou no mushi – Este verme se fixaria no baço, preocupando quem padecesse desse mal. A criatura cravaria suas garras no baço e provocaria efeitos similares ao da insolação no hospedeiro, tanto que o indivíduo arderia em febre e caso o verme atacasse os músculos, a vítima sentiria tonturas como se houvesse recebido uma pancada na cabeça. O tratamento era feito com as plantas 'Mokkou' (Saussurea costus. NDT. rusmea.com) e 'Daiou' (Ruibarbo rusmea.com), que eliminariam por completo o parasita do organismo.


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Hizou no kasamushi – Ao ter o baço atacado por este parasita, acreditavam que o indivíduo não conseguia ingerir nada que fosse vegetal (Devido a que o 'chapéu' da criatura, atrapalharia o hospedeiro no ato de engolir...NDT. rusmea.com) Ainda por cima, causaria problemas no sangue o que levaria o indivíduo a emagrecer e engordar de forma descontrolada, supostamente por cortesia desse verme. O parasita teria uma espécie de chapéu na cabeça e pelos pelo seu corpo. O tratamento seria com as plantas medicinais 'Agi' (Assa-fétida. NDT. rusmea.com) e 'Gajutsu' (Curcuma Zedoria. NDT. rusmea.com)


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Akuchu – este verme se fixaria no baço, usurpando a comida do hospedeiro. Os infectados pelo parasita, passariam a comer como desvairados e mesmo assim, continuariam magros. Apenas tomando o chá de 'Mokkou' (Saussurea costus. NDT. rusmea.com), pulverizaria o parasita.


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Hinoshu – Parasitaria o baço e teria o aspecto de uma pedra. O verme permaneceria adormecido, até que o hospedeiro visitasse um local com grande aglomeração de pessoas, nessa circunstância, o Hinoshu saracotearia, provocando fortes tonturas no hospedeiro. O tratamento era por acupuntura.


Órgãos digestivos


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Kakuran no mushi – Seria um verme com a cabeça preta e o corpo vermelho, que atacaria o estômago, causando diarreias, vômitos e ainda, subiria pela garganta do hospedeiro e picaria toda a sua cabeça. Se combateria a criatura com 'Shazenji' (Sementes de tanchagem. NDT. rusmea.com) e 'Mokkou' (Saussurea costus. NDT. rusmea.com)


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Kishaku – Sua cor seria de um vermelho escuro e teria uma predileção por comida gordurosa, fazendo disso o seu alimento (Através do que o hospedeiro comeria...NDT. rusmea.com) A vítima não conseguiria ingerir peixe ou ave e mesmo o arroz, era quase que desprezado. Curiosamente, o indivíduo estar com um vigor incomparável ou ter uma energia sexual interminável, seriam efeitos de doenças atribuídas a ação desse parasita. Para eliminá-lo, seria preciso comer tripas de tigre. (Que evidentemente era praticamente impossível de se obter naquele tempo.¬¬' rusmea.com)


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You no kamemushi – Devido a que esse parasita seria de uma classe com uma espécie de 'chapéu' na cabeça, a maioria dos remédios não fariam efeito. Se alimentaria usurpando a comida ingerida pelo hospedeiro. A ingestão de 'Tsurumame' (Glycine soja NDT. rusmea.com), eliminaria o parasita.


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Taibyou no kesshaku – Apareceria no estômago, logo após uma doença grave. Ao esmagar esse parasita, ele se transformaria em um coágulo de sangue. O caldo por decocção da planta 'Shukusha' (Também conhecida como Gettou ou Shanin - Alpinia zerumbet. NDT. rusmea.com) eliminaria o verme completamente.


Em torno do umbigo


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HishakuEssa criatura teria um temperamento forte. Teria preferência por doces e as vezes cantaria canções (Supostamente através do hospedeiro...NDT. rusmea.com). Seu nascimento se daria na região do umbigo e este local é dentre os 5 elementos, representados pela 'terra'. Quem fosse infectado por tal parasita, ficaria doente nas mudanças de estações. Caso surgisse no rosto uma mancha amarela, sem dúvida a pessoa estaria infectada pelo Hishaku. (Devido a que a cor amarela representa a 'terra' entre os 5 elementos). Parasitaria as mulheres com mais facilidade e caso fossem infectadas, estas poderiam ter menorragia ou leucorreia e fraqueza na cintura. O tratamento contra essa praga, seria por acupuntura.


Área genital


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Kagemushi – Este parasita surgiria sem mais nem menos na região genital de um homem e uma mulher que tivessem dormido juntos. Quem fosse infectado pelo Kagemushi, ficaria com a região genital, coberta por assaduras. O homem secretaria um líquido esbranquiçado e a mulher teria hemorragias e em ambos casos, seria o vômito desse parasita. A indicação do tratamento no livro diz...Para irem conversar diretamente com o médico. (Também achei estranho... Mas é isso que diz no livro rusmea.com)


Outras partes do corpo


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Gyukan – Esse verme com a aparência de uma pequena vaca, parasitaria a região do peito. Seria um tanto difícil de combater e o único modo de tratamento, era por acupuntura.


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Koshi no mushi – Este verme voaria e entraria através da boca do indivíduo se instalando na parte baixa das costas e de lá, causaria diarreia, suores e dores no peito. Para combatê-lo, eram utilizadas as ervas 'Mokkou' (Saussurea costus. NDT. rusmea.com) e 'Kanzo' (Alcaçuz. NDT. rusmea.com)


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Jinshaku – Seria um tipo de pequeno touro que percorreria à galope (sic) todo o corpo do indivíduo. O hospedeiro dessa criatura, padeceriam de pressão baixa, pele escura, desejo por comidas salgadas e mau-hálito (sic). O tratamento era por acupuntura.


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KoshoEste verme parasitaria a parte 'Koukou', ou seja, um suposto lugar no corpo humano, em que nem agulhas, nem remédios fariam efeito e ainda por cima, a criatura possuiria um 'chapéu', o que o tornaria imune a quase todos os medicamentos. Possuiria um longo bigode branco, um corpo como o de uma serpente e o rabo amarelo (Apesar do desenho mostrar na cor vermelha...NDT. rusmea.com). O parasita teria uma apreço por tagarelar (Através do hospedeiro...NDT. rusmea.com) e adoraria vinho de arroz-doce (Amazake. NDT. rusmea.com). "


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GyouchuEsse verme nasceria na noite da virada do 'ano do macaco de ferro' (Koushin) no calendário Chinês. Nesse ano específico, a criatura atacaria por até 6 vezes e o hospedeiro infectado morreria. O pior, é que até a 'febre debaixo do travesseiro' (Trecho alusivo), relataria a Enma Daiou, fazendo com que o indivíduo caísse inevitavelmente no inferno. O livro não apresenta um método para combater, este que mais parece uma maldição do que um parasita.


Animais estranhos, todos eles maléficos para o corpo humano, conhecido em uma época distante, mas que agora não fazem mais parte dos manuais de “cura” dos seres humanos. Alguns desses supostos parasitas tem algo de ficção científica, outros porém a descrição e seus malefícios, não são muito diferentes do que conhecemos hoje em dia, por exemplo: as doenças venéreas.

Outros parasitas porém são tão assustados como os males causados por eles, muitos dos quais não havia cura conhecida na época. Apesar desse livro não fazer mais parte da medicina tradicional, ele mostra como foi a evolução de nossa medicina moderna e tudo que tivemos que deixar para trás, desenvolver a tecnologia e de quebra, romper as barreiras da crendice popular.

Talvez “Hoje em dia achamos até graça de tais crenças, mas a verdade é que apesar do imenso abismo de tempo e conhecimento que nos separa das pessoas daquele tempo, em ambas as épocas havia a preocupação com organismos nocivos à saúde. Naquele tempo os vilões eram verdadeiros monstros parasitas, atualmente, são os micróbios, vírus, bactérias...” (rusmea.com, 2013) O que não deixa de ser menos perigoso, nem menos monstruoso.


Meu blog:

http://guerreiro-das-sombras.webnode.com/


Para saber mais:

___Harikikigaki – o livro dos parasitas de 1568

Disponível em: http://www.rusmea.com/2013/10/harikikigaki-o-livro-dos-parasitas-de.html Acesso em: 17/06/2017


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Comentários

Sergio Weinfuter

há 6 anos #2

#1
Me too

Liesbeth Leysen, MSc.

há 6 anos #1

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