PAI RICO, FILHO MILIONÁRIO E NETO POBRE
Imagem: http://equityauditoria.com.br/blog/?p=529
Segundo o Sebrae, no Brasil o número de empresas familiares chegam a 80% do total e conforme apuração do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 50% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional está concentrado nestas organizações. Dos 300 maiores grupos brasileiros, 265 são empresas familiares.
Para a revista da Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS, 2014 p.36) “as estatísticas que revelam o poderio desse tipo de atividade também trazem dados desanimadores: a cada 100 empresas familiares, 30 chegam à segunda geração e só 5 alcançam a terceira geração.”
São vários fatores que contribuem com a queda de uma empresa familiar e uma delas é a má administração. Nem sempre os filhos têm o mesmo fôlego para vencer os desafios tal qual o seu pai fez, para entregar a empresa em suas mão. Muitos filhos que herdaram a empresa não estão preparados para substituir os seus pais, levando as empresas a falirem devido a má administração. Não quer dizer porque é filho de empresário, também pode ser um empresário de sucesso. Nem sempre dá certo.
No ramo supermercadistas quase sempre os filhos dos empresários começam por baixo, trabalhando na frente de caixa, empacotando as mercadorias e tendo o primeiro contato com os clientes da empresa de seu pai. Após um longo aprendizado e investimento na carreira acadêmica, buscam subir na empresa atingindo cargos mais elevados, o que muitas vezes é compartilhado esse desejo pelo próprio pai, visto o poderoso vínculo familiar.
Este processo de transferência na gestão da empresa de pai para filho, pode gerar instabilidade no ato da troca de mãos, pois muitos pais se admiram com o que construíram e podem divergir com os seus filhos no ponto de vista destes de como comandar uma empresa, por isso a troca precisa ser bem administrada (AGAS, 2014).
Para evitar que os filhos venha trazer instabilidades as empresas familiares, na hora de assumir a direção dos negócios, deve ser evitado que aconteça de cair no vício de origem. O favorecimento de um alto cargo em prol de um parente é empregado em empresas de familiares, em algumas tornou-se uma características empregadas por empresas familiares e em muitas se comprovou que podem ser consideradas um tiro no pé, desencadear a falência da organização. Os autores Armando Moreira Jr e Adelino Bortoli Neto, no livro “Empresa familiar- Um sonho realizado
(2007), descreve os cinco principais vícios de origem a serem evitados:
1- Decisões com base em aspectos emocionais em detrimento da razoabilidade, ou seja os laços sanguíneos são amplamente valorizados e mesmo tendo profissionais mais capacitados para exercer a função a mesma é entregue a outra pessoa menos preparada, por ser um parente próximo, um filho por exemplo.
2- Dificuldade na descentralização, os níveis de responsabilidade exigidos dos fundadores favorecem a centralização do poder, ou seja não há espaço para o crescimento profissional de outras pessoas diferente das que já estão no comando, a menos que sejam da família.
3- Lealdade e dedicação como critério de Recursos Humanos (RH), mesmo que tenham pessoas mais competentes em sua empresa a tendência é promover ou aumentar salários das pessoas que estão mais tempo na empresa e que “ajudaram a construir” a organização. Isto pode ser um passo em falso, podendo gerar desmotivação dos profissionais.
4- Existência de conflitos; os conflitos sempre acontecem entre gerações. Os pais têm a experiência e os filhos a formação acadêmica e isto pode gerar instabilidades e discussões na hora de algum tipo de decisão importante ou alguma mudança, levando os filhos a querer a modificação ou atualização e os pais ficarem na dúvida, com medo de mudar e não dar certo.
5- Perfil do sucedido – Há tendência dos diretores em acreditar que o melhor estilo de gestão é o seu próprio. Este pode ser um problema na hora de procurar um sucessor e optar pelo parente mais próximo e com menos competência, do que entregar na mão de um “estranho” para administrar a sua empresa.
Devido a estes fatores e outros mais, muitas empresas não sobrevivem na administração dos filhos, perdendo seus patrimônios e vindo a falência. Somente o filho teve tudo em suas mãos e não soube tirar proveito do que seu pai construiu em vida. Se as empresas não forem bem administradas, evitando vícios de origem, corre-se o risco dos pais montaram a empresa, os filhos as falirem e os netos somente ficarem com as histórias para contar, ou seja, os pais ricos, filhos milionários e os netos pobres, não estamos muito distante da realidade atual.
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Comentários
Sergio Weinfuter
há 7 anos #1
Obrigado amigo @Felipe Souza. A sua recomendação do livro também é ótima! Abraço.