A REALIDADE DA NOSSA EDUCAÇÃO

EDUCAÇÃO RETROCEDE UMA DÉCADA NA AMÉRICA LATINA COM A PANDEMIA

Quem consegue  dar soluções para os problemas de educação do Brasil, são os que entendem de educação e conhecem os problemas  desde as dificuldades operacionais do ensino à ciência da pedagogia e psicologia de ensino.  Nenhum ministro da educação  nas últimas  décadas  tem essa qualificação e fazem do MEC uma tragédia. É  ministério visado  pela alta soma de orçamento e os partidos políticos o disputam a tapa, a corrupção é a meta para usar no MEC. O Ministério da Educação (MEC) sofreu um corte de R$ 736,3 milhões no Orçamento de 2022. Com isso, seu orçamento ficou em R$ 137,9 bilhões para este ano. Trata-se da segunda pasta mais afetada, atrás apenas do Ministério do Trabalho e Previdência, com veto de R$ 1 bilhão. O Brasil está andando na contra mão.  Japão, Suécia, China, Canadá, Alemanha e Canadá aumentaram de 7% a 12%  o investimento na educação. Tecnologização e Educalização do Ensino.  São eles, ou o Brasil, que está com a verdade e inteligência  governamental?   Quem está errado? Quem está sendo inconsequente com o futuro da nação? O Brasil, ou esses países?  Com certeza absoluta o Brasil. Não falta dinheiro, falta estadista! Falta inteligência, cultura e gestão em quem governa.

Vários especialistas entendem que os melhores ministros da educação que tivemos da Ditadura Militar de 1964 até hoje , se destacam: Jarbas Passarinho 3 de novembro de 1969 15 de março de 1974 Emilio Medici - Ney Braga 15 de março de 1974 30 de maio de 1978 - Ernesto Geisel -  Esther de Figueiredo Ferraz  - 24 de agosto de 1982 a 15 de março de 1985. João Batista Figueiredo . Os demais foram medianos e de desempenho pífio e sem expressão. Pouco fizeram pela educação produtiva.

Mas sobra dinheiro no orçamento secreto e fundo partidário de bilhões. A educação, saúde e políticas de proteção ao meio ambiente, educação ambiental  e defesa da Amazônia  estão fora do eixo e radar de iniciativas.  Eu tenho números, indicadores  robustos  desses temas. Corrupção e incompetência no Brasil de verbas públicas, acontecem. E em todos os governos sem exceção de direita, esquerda, centro e centrão. O único presidente depois de Figueiredo isento de corrupção no governo e escândalos foi Itamar Franco.  O resto que inclusive já votei em alguns, tiveram corrupção e incompetência. É só buscar a história, fatos e dados, que vão constatar; com ciência e não desavença.

Os estudantes do ensino médio foram os mais afetados. Segundo o Censo, a taxa de abandono mais que dobrou em 2021 em comparação com 2020. No primeiro ano da pandemia, 2,3% dos alunos matriculados no ensino médio deixaram as escolas antes de concluir o ano letivo. A taxa no ano passado subiu para 5%

Na região Nordeste a taxa também ficou acima da média do país. A taxa da região Sul foi superior a 5%. Já nas escolas do Centro-Oeste e do Sudeste, o índice de abandono foi menor.O estado com pior resultado foi o Pará. Seguido do Rio Grande Norte, Bahia, Rio Grande do Sul e Alagoas. O número de estudantes do ensino médio que passaram de ano também caiu. De pouco mais de 90% em 2021, para 95% em 2020, mesmo com a adoção do chamado “contínuo curricular”, que juntou os anos letivos de 2020 de 2021 para evitar o aumento da reprovação. O Ministério da Educação também apresentou o resultado de um teste específico para avaliar o impacto da pandemia no aprendizado de matemática e português nos estudantes de educação básica das redes pública e particular. As conclusões só reforçam o quadro preocupante da educação no país.

Os mais de 3,2 milhões de alunos de ensino médio que fizeram o teste acertaram apenas 27% das questões de matemática sobre habilidades básicas, como cálculos simples com números decimais, e metade das questões básicas de língua portuguesa, como as que tratam de interpretação.

A pesquisadora Ariana Brito alerta para as consequências desse quadro na vida profissional dos adolescentes, sobretudo os de família mais pobre, que são obrigados a trabalhar mais cedo. “Esse aluno vai entrar no mercado de trabalho com uma defasagem de aprendizado muito grande. Se a gente associar isso com questões socioeconômicas, ou seja, de alunos de redes públicas em situações de vulnerabilidade, o efeito disso é um conjunto de jovens que vai entrar nas ocupações informais”, analisa a pesquisadora Ariana Britto, da FGV.No ensino fundamental, a taxa de abandono registrada no Censo escolar foi menor. Contra os 5% do ensino médio, subiu de 1% em 2020 para 1,2% em 2021.

A Região Nordeste apresentou a maior taxa de analfabetismo (13,9%). Isto representa uma taxa aproximadamente, quatro vezes maior do que as taxas estimadas para as Regiões Sudeste e Sul (ambas com 3,3%). Na Região Norte essa taxa foi 7,6 % e no Centro-Oeste, 4,9%.

Mas os resultados da avaliação do impacto da pandemia em matemática e língua portuguesa no ensino fundamental foram muito ruins: 71% dos estudantes que chegaram ao terceiro ano não desenvolveram conhecimentos para fazer contas básicas de matemática; metade dos alunos chegou ao quinto ano com essa deficiência; 54% não tinham habilidades básicas de leitura, como reconhecer personagens de uma história.

A presidente do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária avalia que, mesmo com alerta dos especialistas, faltaram ações do Ministério da Educação. “Estudiosos, pesquisadores e educadores, professores já vinham fazendo alertas nesse sentido. Efetivamente, medidas poderiam ter sido tomadas já no começo desse ano, até mesmo no final do ano passado, se não antes para que esse quadro se não conseguisse ser totalmente enfrentado, não fosse tão grande quanto é. É preciso políticas públicas, políticas públicas que deem insumos técnicos e financeiros. É preciso priorizar a educação. E que a educação seja efetivamente uma prioridade”, afirma Anna Helena Altenfelder, presidente do conselho de administração do Cenpec.

Os Níveis de Educação Educação retrocederam um a década na América Latina pelo impacto da pandemia e perda de uma geração de estudantes prejudicados pelas circunstâncias  complexas  de gestão da educação, falta de projetos e experiências governamentais. Devido à pandemia, as notas em disciplinas fundamentais como português e matemática caíram para níveis de mais de 10 anos atrás: quatro em cada cinco crianças da sexta série (80%) não teriam a capacidade de entender e interpretar um texto básico para suas idade em comparação com 50% que tinham a mesma dificuldade antes da pandemia, segundo o relatório do Banco Mundial "Dois anos depois: salvando uma geração".

Milhões de crianças e adolescentes correm o risco de abandonar a escola porque ficaram para trás no aprendizado, disse o relatório “A América Latina e o Caribe estão enfrentando uma crise educacional sem precedentes que pode comprometer o desenvolvimento futuro de nossos países”, indica os estudos do do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe.

A pandemia deixou feridas profundas, que apesar de abrigar apenas 8% da população mundial, tem o maior número médio de mortes globais. A economia regional também foi a mais atingida, com a renda per capita diminuindo para níveis de uma década atrás. As escolas da América Latina e do Caribe ficaram fechadas ou parcialmente fechadas por 58 semanas, um pouco atrás do Sul da Ásia e da América do Norte. Na região, toda uma geração de alunos – cerca de 170 milhões de meninos – perdeu parcial ou totalmente dois terços dos dias de aulas presenciais, o equivalente a aproximadamente um ano e meio de aprendizado, segundo o relatório.

"Isso significa que toda uma geração de crianças não terá as habilidades básicas, as habilidades mínimas, para continuar aprendendo e ter sucesso no mercado de trabalho mais tarde",  O relatório, e esclarece que já havia uma crise educacional na América Latina bem  antes da pandemia. Destaca que  que houve esforços para oferecer educação a distância enquanto as escolas permaneceram fechadas, seja por meio de plataformas online, televisão, programas de rádio ou por meio de redes sociais e até através de mensagens de texto em telefones celulares.

No entanto, a educação a distância enfrentou muitos desafios, incluindo desequilíbrios no acesso à Internet e dispositivos eletrônicos. Muitas crianças pobres foram excluídas por falta de celulares mais novos e computadores em casa. O impacto tem sido mais forte em crianças mais novas, até a quinta série, e naquelas de famílias mais vulneráveis ou com maiores dificuldades socioeconômicas, segundo o relatório. A  educação foi impactada em todos os países, embora alguns, como o Uruguai, estivessem melhor preparados tecnologicamente antes da pandemia e tenham efeitos mais moderados. Em outros, como os da América Central, por exemplo, o golpe foi maior pela falta de acesso à internet e pela vulnerabilidade de grande parte de sua população, explicou.

O estudo destacou dois grandes desafios: o regresso à escola para que todas as crianças regressem e permaneçam na escola e a recuperação da aprendizagem, que inclui uma medição do nível em que cada criança se encontra, um enfoque nas áreas mais importantes como a leitura e matemática e a implementação de programas e estratégias para recuperar o nível. A crise pode nos dar a oportunidade não apenas de nos recuperar, e isso é urgente, mas também de reconstruir melhor do que antes. 

(*) Rowan Pedro de Araújo - Graduado em Administração com Ênfase em Marketing, Pós Graduado em  Gerência de Projetos, pós Graduado Economia Local com Ênfase em Desenvolvimento Sustentável, Pós graduado em Gestão de Pessoas (EAD) . Consultor e Conselheiro Independente. Vice Presidente do Conselho Empresarial de Mineração e Siderurgia- ACMinas - Associação Comercial e Empresarial de Minas, ambientalista, educador. Presidente interino da ASMAGS - Associação Mineira do Agronegócio Sustentável. Membro do Conselho de Administração da Costa & Faber, proprietário da RA Business to Business - minérios ativos. Exportação de café e carne / proteína animal. Proprietário da RA Tecnologia. Fundador do IDIS Instituto Ivone Di Spírito, destinado a ajudar crianças com síndrome de down, APAE´S e Equoterapia - Fundador da UNIDIS Universidade Corporativa Virtual