Rowan Pedro

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Administração: Um pouco da História da Pelotização de Minério de Ferro na Vale e Samarco - anos 60 - 90- Tecnologia de Produto

Administração: Um pouco da História da Pelotização de Minério de Ferro na Vale e Samarco - anos 60 - 90- Tecnologia de Produto

 - Administragéo:

Um pouco da Historia da Pelotizagao de
Minériode Ferro no Brasil

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Rowan Pedro de Aragjo
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A Vale opera 15 usinas de pelotização no Brasil. Destas, oito na Grande Vitória e quatro na Samarco, em Ubu, Anchieta, sul do Estado. Duas usinas são em Minas Gerais (Vargem Grande e Congonhas) e, outra, em São Luís
A Vale opera 15 usinas de pelotização no Brasil. Destas, oito na Grande Vitória e quatro na Samarco, em Ubu, Anchieta, sul do Estado. Duas usinas são em Minas Gerais (Vargem Grande e Congonhas) e, outra, em São Luís, no Maranhão.

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A usina de Pelotização em  São Luís tem capacidade de produção anual de 7 milhões de toneladas. Em Vargem Grande, a Vale tem a pelotizadora, e usina de concentração de minério de ferro global em Itabirito, Minas Gerais. A unidade está capacitada para produzir 10 milhões de toneladas de minério de ferro e 7 milhões de pelotas por ano. Em Congonhas,  a usina da Vale tem capacidade de 4,3 milhões de toneladas anuais.

Já na Ponta de  Tubarão, divisa da Serra com Vitória, a mineradora tem um total de oito usinas. A primeira unidade começou a funcionar em 1969. Duas usinas pertencem exclusivamente à Vale e as demais foram implementadas em regime de coligadas  -  joint ventures  -  com grupos siderúrgicos do Japão, Espanha, Itália e Coréia do Sul. 

As sete primeiras usinas da Vale têm capacidade total de produção de 25 milhões de toneladas de pelotas/ano, mas estão sendo otimizadas. A oitava  produzir 7 milhões de pelotas por ano. 

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Com a  otimização da produção das atuais usinas, a capacidade de produção da empresa irá aumentar: serão  39 milhões de toneladas de pelotas de ferro por ano em Tubarão, o que equivale à sua nona usina. O projeto inicial da empresa para a região era de 12 usinas de pelotização, a maioria coligadas com empresas de outros países. 

Na Samarco, a  quarta usina permitirá que a produção da Samarco salte para 30,5 milhões de toneladas por ano - 50% são da Vale e o restante da australiana BHP Billiton.

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Um dos principais produtos da Vale são as pelotas de minério de ferro, que enaltece o segmento mundial das suas atividades. Esta realidade faz o Complexo de Tubarão em Vitória no ES, o maior do mundo na indústria de Pelotização, hoje com 8 usinas, começa no ano de 1969. A Vale expandiu esta atividade em outros estados e forma, 11 usinas, que empregam  mais  de 4,2 mil pessoas e contribuem com a economia onde atuam, fazendo a Vale líder mundial em embarques de pelotas e minério de ferro com recordes consecutivos nos últimos anos.

Notícias : A China não está pronta para a falta de minério de ferro"- A empresa  atualmente está convertendo duas usinas de pelotização, em Vitória no ES, para produzir o briquete verde. A capacidade inicial de produção é de cerca de 6 milhões de toneladas por ano.

Mas a história do Projeto de Pelotização teve a sua direção no final dos anos 60 quando estrategicamente foi pensado a condição destinar os finos de minério de ferro, provenientes das minas do quadrilátero ferrífero de Mina Gerais de qualidade adequada, podendo ser transformados em produto para ser usado nos altos-fornos das atividades das siderúrgicas e nos reatores dos processos de redução direta e com isto chegando ao processo de Pelotização e tendo como condição adjunta o que melhor tinha na época em temos de tecnologia de aglomeração de finos e otimização das operações destinadas a um novo produto, e ganho de mercado.

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Delineado o Projeto de Pelotização e a sua viabilidade logística de ser instalada no litoral, e também destinar parte da matéria prima à antiga CST – Cia Siderúrgica de Tubarão, hoje ArcelorMittal, já imaginada na época   sob as iniciativas de Eliezer Batista o idealizador., mas o governo militar  foi contra a  CVRD  ser dona  100% da siderúrgica e  optou  que a Siderbrás, a estatal que cuidada das siderúrgicas compusesse  o capital acionário de economia mista, deixando a CVRD com só uma parte do capital, o que foi feito.  Em síntese havia um ambiente favorável para instalar logisticamente uma indústria de Pelotização no litoral do ES, e o desafio passou a ser a busca de sócios para investirem no moderno empreendimento de Pelotização de Minério de Ferro, em condição Joint Venture, que interessava a Vale. A confiança no Projeto era muito grande e a Vale lançou suas duas usinas com capital próprio com capacidade de 5 milhões de toneladas por ano. A repercussão do sucesso das Operações do Projeto de Pelotização da Vale ganhou os quatro cantos do planeta e o mercado também, de grandes siderúrgicas e assim, surgiram os interesses das parcerias com grandes grupos siderúrgicos, como Itabrasco (Itália), Hispanobrás (Espanha) e Nibrasco (Japão) e, já no final dos anos 90, com a Kobrasco (Coréia) e formam o Complexo de Pelotização de Tubarão, o maior do mundo.

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COMPLEXO PELOTIZACAO TUBARAO

Todas estas conquistas tiveram o trabalho e contribuição de homens dedicados, corajosos e trabalhadores  desde o armador de ferragens das obras, aos mais graduados engenheiros. Vale dizer que a cultura de trabalho dos sócios da Vale, refiro aos japoneses, italianos, espanhóis e coreanos com suas Joint Ventures, (européias e asiáticas) contribuíram pelo avanço tecnológico da então Supel – Superintendência de Pelotização da CVRD- Vale, devido ao intercâmbio formando, no que tange, operação, manutenção, engenharia e estudos operacionais entre as "brascos" . A Supel tinha uma posição de destaque a âmbito de toda CVRD, até porque possuía uma condição diferenciada de transformar minério de ferro em pelotas e consequentemente aportar mais tecnologia, inclusive sempre conhecidas entre os sócios asiáticos e europeus. 

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem - B Camarao,

  

 

Para ter um negocio de sucesso,
alguém, algum dia, teve que
tomar uma atitude de coragem.
(Peter Drucker)

Para que uma industria atinja seus
objetivos, devem preparar seus homens
de tal maneira, que aceitem as coisas
quel] ndo devem mudar e tenham
coragem e habilidade para mudar o que
deve ser mudado, e principalmente,
que reconhecam a diferenca entre
ambas.”

Quando falamos da história da Siderurgia na antiga Belgo Mineira, hoje ArcelorMittal, Pelotização da Vale, Samarco e no Brasil como um todo, não podemos deixar de termos a consideração destes avanços e contribuição do Engenheiro Afrânio Camarão Sobrinho, engenheiro estudioso da Siderurgia, que se especializou no exterior e trouxe grandes conhecimentos para o Brasil. Foi convidado para assumir as primeiras etapas da Pelotização da CVRD em Vitória, ES , devido ao conhecimento pioneiro da engenharia de produção de pelotas de minério de ferro, e chegou a Superintendente da Supel. Fazia questão de andar nas áreas operacionais e visitar todas as plantas industriais, ouvindo as pessoas, cumprimentando-as com gentileza, do mais simples operário, ao mais graduado diretor da empresa e apoiando em soluções. Criando sinergia entre os departamentos e pessoas da empresa .

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Se tornou uma pessoa carismática pela empatia, humildade e simplicidade por onde andava, entre os auxiliares, controladores de sala, operadores, técnicos, engenheiros, gerentes, assessores e empregados terceiros por todo Complexo Operacional. Já nos níveis estratégicos da empresa, pelo conhecimento da tecnologia e engenharia apurada no comando da indústria de Pelotização, Siderurgia e por ser um estudioso do Processo de Pelotização. Ao se aposentar na Vale, assumiu a Diretoria da Samarco Pelotização nos anos 90 e por lá continuou o seu grande trabalho. Faleceu nos anos 90, casado com Rita Martins da Costa Camarão e deixou as filhas Tatiana, Patrícia e Carolina.

Homem reconhecido por grandes qualidades, tanto pessoal, quanto profissional da engenharia. Tomava decisões seguras, entendia das áreas que comandava e era capaz de formar uma liderança harmoniosa que reunia pessoas, processo e tecnologia. Chefiava as suas áreas com um perfil de modelo integrador, agregador, otimista, realizador, empreendedor e sempre pensando na frente com alta capacidade de liderança, admiração e conhecimento. Afrãnio Camarão se aposentou na CVRD - Cia Vale do Rio Doce como superintendente e  logo depois assumiu a  Diretoria da Samarco, onde ficou até o final de sua brilhante trajetória profissional  e admiração por todos os lugares que passou.. 

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem - Processo de ITT

Em 1986, Akio Morita fundador da Sony, lançou o livro Made in Japan e os principais executivos do Brasil começaram a ler, e principalmente os da VALE, incentivados por Eliezer Batista, amigo particular de Morita, que inclusive apresentou a Eliezer um trabalho de CCQ - Círculo de Controle de Qualidade em uma de suas fábricas no Japão, que entusiasmou Eliezer Batista, ao ponto de chegar no Brasil e pedir uma reunião imediata com o corpo de satff da VALE, associadas, controladas, coligadas, subsidiárias e determinar a implantação do Projeto CCQ no Grupo VALE, que trouxe milhões de economia para empresa, grandes ideias, muito criativas, registro de patentes tecnológicas. Produziu muito conhecimento, know how, produtividade, competitividade, crescimento profissional e motivacional nas pessoas.

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THE INTERNATIONAL BESTSELLER!

MADE IN JAPAN

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with Edwin M. Reingold and Mitsuko Shimomura
  • Afrânio Camarão foi um dos que leram o Made in Japan, e passou a admirar como muitos outros o empreendedorismo de Akio Morita, e as suas mensagens: “busco na Sony, uma administração humana e competitiva” “ a felicidade só pode ser alcançada pela ação conjunta de todos” E esta admiração por Morita, foi talvez um dos fatores que tanto o aproximou da administração dos japoneses sócios com a Nibrasco, quando  Afrãnio Camarão era superintendente da pelotização. Já os japoneses passaram a admirá-lo como pessoa e engenheiro; e principalmente, porque era um estudioso do processo de engenharia da pelotização, e estava sempre em aprimoramento industrial e propondo melhorias. Os japoneses gostam deste tipo de profissional, inclinado ao Kaizen (melhoria contínua) e Afrânio Camarão, nos anos 80, já se preocupava muito com os gastos de água, energia e proteção ambiental na indústria. Tinha um raciocínio formado de sustentabilidade, e vanguarda. Quem conheceu Afrânio Camarão como pessoa e profissional pode enxergar claramente que na vida prática e profissional, muitas de suas atitudes, ideias, e esforços foram parecidos com a visão e o pensamento de Akio Morita.

Explanado: A pelotização (eventualmente o termo coloquial peletização também é usado), é o processo de compressão ou moldagem de um dado material na forma de um pellet. Uma grande variedade de materiais diferentes podem passar por tal processo, incluindo produtos químicos, minério de ferro, ração animal composta, dentre outros.

No caso do minério de ferro, a pelotização em partículas ultrafinas se dá através de um tratamento térmico. Esta fração ultrafina (abaixo de 0,15 mm) é encontrada desta forma na natureza ou gerada no beneficiamento. A pelotização tem como produto aglomerados esféricos de tamanhos na faixa de 8 a 18 mm, com características apropriadas para alimentação das unidades de redução, tais como altos-fornos.

Nos altos-fornos, resumidamente, ocorre fusão e redução do ferro, que passa da forma de óxido à forma metálica. Neste tipo de equipamento, toda a carga de óxido de ferro, agentes redutores e combustíveis é adicionada anteriormente ao acendimento do forno. No carregamento do forno faz-se uma pilha de material no interior do mesmo, chegando a alturas de 30 metros em alguns casos. Devido a essas características do processo, são necessárias ao material alimentado algumas propriedades.

Como o alto-forno é abastecido antes do início da combustão, são necessários meios de entrada e circulação de ar e gases de combustão, em todas as regiões da carga. Por esse motivo, é imprescindível que as partículas, seja de combustível ou minério de ferro, tenham dimensões grandes o suficiente para que remanesçam lacunas entre elas. Pela mesma razão, é preciso que estes materiais tenham resistência mecânica suficiente para suportar o próprio peso da carga do forno, para que não haja esmagamento e consequente obstrução do alto-forno, daí a necessidade de pelotização, em se tratando de frações finas de minério.

Além destes objetivos principais, a produção de pelotas também permite adição de maior valor agregado ao produto, sendo possível acrescentar na própria pelota agentes redutores do ferro como carvão mineral.

Rowan Pedro

(*) Rowan Pedro de Araújo - Graduado em Administração. Consultor e Conselheiro Independente. Diretor e Vice Presidente dos Conselhos Empresariais de Mineração e Siderurgia e do Agronegócio da ACMinas - Associação Comercial e Empresarial de Minas, ambientalista, educador. Presidente  interino da ASMAGS - Associação Mineira do Agronegócio Sustentável. Membro do Conselho de Administração da Costa & Faber, proprietário da RA Business to Business - minérios ativos. Exportação de café e carne / proteína animal. Proprietário da RA Tecnologia. Fundador do IDIS Instituto Ivone Di Spírito, destinado a ajudar crianças com síndrome de down, APAE´S e Equoterapia - Fundador da UNIDIS Universidade Corporativa Virtual.

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