O senhor da montanha

Um grupo escalava arduamente a montanha, um cenário com muitos obstáculos e incertezas, a beleza do lugar conflitava com o a insegurança da qual qualquer erro entre as rochas poderia culminar numa fatalidade à deriva no penhasco, a escalar, sem nenhum motivo maior a não ser por escalar, assim se arriscavam, sem motivo algum, mas com força e determinação. Não há motivos racionais para se arriscar, mas arriscavam-se, não há certezas do que encontrariam no topo, mas faziam pois o desejo de chegar era maior que ficar a merce do tédio, algo que angustiaria seus corações caso suas vontades não fossem ceifadas.

Longa estrada, travessas geladas, altitudes que deixariam o corpo sensível a qualquer infortuno, geleiras que a qualquer ventania poderia sucumbir levando seus corpos a perder-se no nada, assim como bravos guerreiros insistiam, se alimentavam com que levavam, e alimentavam seus sonhos, até chegar ao lugar.

Encontram uma pequena gruta, escavada aos talos, aquecido a lenha com moveis esculpidos no gelo, havia calor lá dentro e um pequeno senhor sentado, quieto e sem muitas feições. Os jovens aventureiros se encantam com que encontram no qual perguntam para o senhor se entendia sua língua, o velho com gestos dão ao jovens alimentos, alguns ornamentos feitos a mão e para terminar responde na mesma língua, os deixando mais impressionados, 'não importa a situação que estejam, ou o sonho que almejam, o importante é fazer, não importa se chegar ou não, o importante é fazer, ninguém tem as respostas, só nós com nossos corações sabemos o que nos faz bem'. Curiosos perguntam como o senhor sobrevivia a tamanha altitude e isolado da civilização, o senhor responde 'o mesmo motivo que os levaram ao topo correndo todo risco de sucumbirem, foi o mesmo motivo que o levou a arranjar meios de sobreviver naquele lugar',
a fé, a perseverança, a disposição pra enfrentar os animais perigosos, o frio, a altura, a buscar meios pra aquecer e se alimentar naquele lugar pra sobreviver.