População idosa vai triplicar entre 2010 e 2050, aponta publicação do IBGE

População idosa vai triplicar entre 2010 e 2050, aponta publicação do IBGE

A população brasileira manteve a tendência de envelhecimento dos últimos anos e ganhou 4,8 milhões de idosos desde 2012, superando a marca dos 30,2 milhões em 2017, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Características dos Moradores e Domicílios, divulgada hoje pelo IBGE

“Precisamos pensar em um projeto para  população idosa   do  Brasil” (Eliezer  Batista  em  02 de outubro – 2010 Firjan Rio de  Janeiro)  

O Brasil está envelhecendo e não estamos percebendo  a Economia da 3a Idade está surgindo  – População idosa no Brasil cresce 26% em seis anos – Em 2030, Brasil terá a quinta população mais idosa do mundo O maior problema é a ausência de sensibilidade administrativa para conduzir os serviços sociais.

Tivemos um elevado números de óbitos  na pandemia COVID  de pessoas em idosos acima dos 60 anos,  mas  participação da faixa etária de 30 a 59 anos no total de mortes pela covid-19 aumentou nos últimos 4 meses no Brasil. Em dezembro, esse grupo representou 20,3% dos óbitos, mas os dados preliminares de março indicam que, agora, esse percentual chegou a 26,9%. Em todos os meses de dezembro para cá houve aumento da proporção de pessoas de meia-idade no total de novas vítimas do coronavírus.

Edição do dia 25/07/2018 – 25/07/2018 21h00 – Atualizado em 25/07/2018 21h00 – Daqui a 20 anos, Brasil vai ter mais idosos do que crianças, afirma IBGE – Pesquisa diz que população vai encolher a partir de 2047. Em 2060, quando a projeção termina, o número estimado é de 228 milhões de habitantes.

TODAS AS CIDADES DO BRASIL  serão certamente afetadas, para se adequarem à população  idosa , em transporte,  acesso  aos locais públicos e demais situações  de cadeirantes, por exemplo.  Os arquitetos, a engenharia civil,  os  técnicos em edificações terão uma missão de especializarem  no novo mercado, assim como o da saúde. Planos de saúde ,  alimentação, nutricionistas, medicina, geriátrica,  cuidadores de idosos, fabricação de remédios.  Turismo da 3a idade e lazer, etc. O perfil do mercado  será alterado em um mix de produtos e serviços em escalas nunca experimentadas  no país.

Poucos estão percebendo esta realidade galopante. Uma guinada no hábito de consumo e serviços de qualidade e adequados à população que é uma experiência que a política e nem a iniciativa privada experimentou. Falta pesquisas e profunda analise de o que fazer, como fazer, por que fazer e como melhorar e inovar. Esta é uma população que construiu o Brasil, merece o respeito, consideração e todos os esforços e investimento do governo e iniciativa privada  para atender a população

Surge os desafios do envelhecimento da população em meio às desigualdades sociais. O envelhecimento da população tem que entrar na pauta do desenvolvimento. Essa é a diretriz dada pelo médico, doutor em Saúde Pública pela Universidade de Oxford e um dos maiores estudiosos em políticas públicas voltadas para idoso, Alexandre Kalache, alerta  para as mudanças.

O motivo para o alerta é a rápida inversão da pirâmide etária da população. A projeção dado pelo especialista é que em 2050, quando a população mundial for de 8,9 bilhões, haverá 2 bilhões de pessoas com mais de 60 anos em todo o mundo, sendo que 1,6 bilhão estarão em países menos desenvolvidos. “O mundo está envelhecendo numa velocidade nunca antes observada, e será necessário o envolvimento de todas as esferas da sociedade para que os idosos tenham uma melhor qualidade de vida”, assinala o especialista, que, por 13 anos, coordenou o Programa de Envelhecimento da Organização Mundial de Saúde. No Brasil, o número de idosos irá dobrar dentro de 17 anos, passando de 10% da população para 20%. “A França levou 115 anos para ter essa transição”, compara.

O grande desafio, de acordo com o especialista, é lidar com as desigualdades sociais existentes. A qualidade de vida na terceira idade está atrelada às condições e ao curso de vida de cada indivíduo, ao capital social e à sociedade em que ele vive. “As estatísticas podem ser enganadoras. Quando se analisa a média não se atenta para a realidade dos fatos”

As grandes mudanças da população e mercado consumidor nunca vistas: em 40 anos, a população idosa vai triplicar no país

Passou   de 19,6 milhões (10% da população brasileira), em 2010, para 66,5 milhões de pessoas, em 2050 (29,3%). As estimativas são de que a “virada” no perfil da população acontecerá em 2030, quando o número absoluto e o porcentual de brasileiros com 60 anos ou mais de idade vão ultrapassar o de crianças de 0 a 14 anos. Daqui a 14 anos, os idosos chegarão a 41,5 milhões (18% da população) e as crianças serão 39,2 milhões, ou 17,6%, segundo estimativas do IBGE.

“A Economia  da  3ª  Idade”;   isso mexe com o  mercado da população idosa,  o brasil  não está preparado :

O Japão por exemplo mostra que o mercado de fraldas descartáveis tem consumo maior nos idosos que para os bebês. O empresário brasileiro terá de se planejar agora, enxergar e se preparar para este mercado. É uma transformação, uma guinada de um mercado nunca experimentado no Brasil em situação crescente. Falo de cuidadores de idosos, nutricionistas, turismo da 3ª idade, entretenimento especiais, planos de saúde, medicina geriátrica, adequação das calçadas urbanas e acessos ao comércio.

Acesso de cadeirantes, mudanças em automóveis, aviões e ônibus, banheiros geriátricos, bengalas, móveis especiais, programas de TV, alimentos especiais, roupas, calçados e arquitetura geral, são mercados novos que vem aí. Os gastos com saúde tendem a aumentarem com  aposentadoria na previdência. Terá muita gente aposentada. Hoje temos 79 milhões pessoas trabalhando (população ativa) para 212 milhões. A saúde financeira  da previdência do  Brasil está  carregada. O país precisa de uma política austera de contenção de gastos  para não falir e ter uma forte politica de avaliar se as reformas serão bastantes efetivas..

Numa cidade como São Paulo, por exemplo, o nascer e viver em uma comunidade pobre significa 17 anos a menos de vida de quem nasce numa região nobre”. De acordo com Kalache, o cuidado individual é apenas um dos aspectos que podem contribuir com a melhor qualidade de vida na velhice. Atentando-se a quatro fatores, sendo eles sedentarismo, má alimentação, tabagismo e ingestão de bebida alcoólica, já é o suficiente para a se prevenir o aparecimento de doenças crônicas. No entanto, a questão é muito mais ampla que o auto cuidado. “É necessário desenvolver políticas sociais, é necessário o envolvimento da sociedade nesse cuidado e nessa discussão, do envolvimento de empresas, de organizações de saúde, para que haja um melhor cuidado com a questão do idoso no mundo”, enfatiza.

A Organização Mundial de Saúde desenvolveu um programa para garantir uma melhor qualidade de vida para os idosos. A iniciativa contempla aspectos econômicos, sociais, de saúde, de educação, culturais e de conscientização para que haja um maior avanço no cuidado com o idoso. “Os países desenvolvidos enriqueceram antes de envelhecer, os subdesenvolvidos estão envelhecendo antes de enriquecer. O desafio é grande e requer, sobretudo, além de atenção, solidariedade”, conclui.