A realidade da Mãe Solo que ninguém vê!

O termo “mãe solo” hoje é amplamente utilizado para designar mulheres que são inteiramente responsáveis pela criação de seus pequenos, deixando o conceito de “mãe solteira” em desuso, já que estar ou não em um relacionamento com um(a) parceiro(a) não quer dizer necessariamente compartilhar a difícil missão de ter um filho.
Aqui, as mães criam, educam e participam da vida dos filhos sozinhas. Aqui, elas precisam conviver com as dificuldades e desafios da criação de sua prole, das alegrias e, principalmente, com o julgamento da sociedade.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são 57,3 milhões de mães solo, isto é, 38,7% de brasileiras chefiando seus lares (Fonte: ).
Nesse cenário, um dos maiores desafios é enfrentar uma dupla jornada cada vez maior para pagar as contas e cumprir os afazeres de casa, aliado ao fato de que as mulheres ganham menos que os homens.
Ligado a isso está também o fato de que mães solos precisam se reinventar sempre. Assim, o psicológico da mãe solo é colocado em risco através de diversas situações cotidianas, mas extremamente prejudiciais. A ansiedade, depressão e estresse podem surgir quando essas mulheres não são amparadas.
Segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), as mulheres trabalham cerca de 7,5 horas a mais do que os homens em uma semana. Isso se deve ao fato de sua jornada dupla de trabalho, entre emprego e atividades em seu próprio lar. (Fonte: ).
Por conta do excesso de atribuições cotidianas as mães acabam entrando em um nível alto de estresse e, consequentemente, isso gera o pouco falado esgotamento físico feminino, pois a rotina torna-se extremamente cansativa.
A depressão é duas vezes mais frequente nas mulheres. Uma das explicações para esse fenômeno são as alterações hormonais que acontecem durante os ciclos de menstruação e após menopausa. Essas alterações, em conjunto com o esgotamento físico feminino, podem levar a um grande impacto no psicológico da mulher, sobretudo nas que são mães. Precisamos falar mais sobre isso.
Recentemente, vi uma notícia sobre o caso de uma mãe-solo, ocorrido em Minas Gerais, que convivia com seu filho paraplégico e dependente dela para receber as medicações. No caso concreto, a mãe faleceu de morte natural e, posteriormente, o filho também faleceu por falta de assistência.
Esse é um outro desafio que preocupa as mães solos, principalmente àquelas que possuem filhos totalmente dependentes de sua assistência.
Sim, sabemos que qualquer pessoa que vive/mora sozinho está suscetível a passar mal e isso preocupa a qualquer um. Porém, quando nesse cenário envolve crianças, a preocupação da mãe é apenas uma: “e meus filhos”? Isso acaba nos afetando psicologicamente, pois nos deixa em pânico.
É por isso que sempre digo, ser mãe solo não é fácil. Exige muita força. Exige que achemos coragem onde nem temos para enfrentar nossos medos, preocupações, os desafios diários e, sobretudo, os julgamentos sociais.
Aquela frase que diz, “a rotina de uma mãe ninguém vê, agora deixe ela aproveitar um poco a vida para todo mundo notar” faz grande sentido aqui.
Precisamos normalizar que mãe também precisa se divertir, que mãe também senta em barzinho, vai à balada, sai com as amigas etc... e não tem nada de errado aí! E nem por isso estará abandonando seus filhos ou a mulher é irresponsável e inconsequente, como muitos dizem.
Infelizmente, o machismo ainda predomina em nosso meio e de maneira bem acentuada, o que torna a batalha das mães solo ainda mais desafiadora. Mas, precisamos continuar lutando contra essa visão e seguir, afinal, a vida continua.
Enfim, ser mãe solo não é nada fácil. Há que ter muita força, paciência e resiliência. Ser uma e valer por mil. Engolir os desaforos e deixar passar os olhares tortos cheios de julgamento de quem não sabe nada sobre criar um filho sozinha. É enfrentar o mundo com unhas e dentes afiados, e um coração cheio de amor e esperança de que a sua vida e a de seu filho seja a melhor possível.
Artigos de Dra Cleidiane Gomes - Advogada Familiarista
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