O MUNDO DO SÉCULO XXI COM A ECONOMIA DO CONHECIMENTO

O conhecimento e a informação são os recursos estratégicos para o desenvolvimento de qualquer país. Os portadores desses recursos são as pessoas. Peter Drucker - O conhecimento tem de ser melhorado, desafiado, e aumentado constantemente, ou vai desaparecer. Peter Drucker.

Muitos países no mundo há muito que tentam encontrar uma solução que lhes permita alcançar o crescimento econômico e o desenvolvimento através do qual seja possível alcançar mais riqueza, prosperidade e utilidade. Os economistas consideram o empreendedorismo a solução mais importante, que recentemente atraiu a atenção de muitos países. A economia baseada no conhecimento é uma das ferramentas mais importantes que resulta no crescimento econômico e no desenvolvimento através do reforço do empreendedorismo. O meu   objetivo do presente estudo que coordeno na nossa UNIDIS  é investigar os efeitos dos componentes da economia baseada no conhecimento, com base na definição fornecida pelo Banco Mundial (formação e recursos humanos, sistema de inovação, tecnologia de informação e comunicação (TIC) e regimes económicos e institucionais).  Capital Humano tem uma ligação estreita com conhecimento e serve para amplificar a nossa visão de valores  como base da força do conhecimento de um país e sua indústria.

 O QUE É CAPITAL HUMANO?

Capital humano inclui toda a saúde, educação e conhecimento (experiência) de uma pessoa. As pessoas adquirem educação dedicando tempo a um propósito específico. Os economistas acreditam que a educação é o principal fator que afeta a qualidade do trabalho. Esta abordagem reflete-se nos trabalhos de Arrow (1962), Denison (1985), Romer (1986), Lucas (1988), Mankiw, Romer, Weil (1992) e Barro (1995).

As pessoas melhoram sua produtividade obtendo educação. É por isso que a educação e a experiência prática são factores importantes que afectam o crescimento económico, e isso foi confirmado pela teoria e pela investigação empírica dos economistas mundiais. Ou seja, além do capital e do trabalho, um dos principais fatores de produção é o capital humano. É claro que a produção de um trabalhador altamente qualificado é maior do que a de um trabalhador menos qualificado. Portanto, no estudo do crescimento económico, a educação e o conhecimento das pessoas (experiência prática) têm sido considerados como um dos principais factores.

Conforme observado por Lucas (1988), a teoria do capital humano concentra-se no estudo de como a atual alocação de tempo dos indivíduos afeta sua produtividade atual e futura. A educação e a experiência desempenham um papel significativo no aumento da produtividade. De acordo com a teoria do novo crescimento econômico, o capital humano é um dos principais fatores de crescimento a longo prazo, e os investigadores neste campo confirmaram-no repetidamente. 

 No entanto, a contribuição da educação, considerada o fator mais influente para os países desenvolvidos. É necessário estar atento à questão da qualidade da educação e à possibilidade de utilizar os conhecimentos adquiridos através da educação, para melhorar a eficiência do setor educativo e para melhorar a coordenação das escolas industriais e outras . Além disso, ao considerar os trabalhadores do sexo feminino e masculino como fatores  e as equidades , inclusão e diversidade. O impacto dos trabalhadores do sexo feminino foi maior, ou a faminização global avança. Nos últimos anos, isto deve-se ao elevado nível de participação das mulheres em qualquer nível de ensino, especialmente no ensino superior. 

 Resumindo o que foi dito acima, acredita-se que o capital humano é uma medida que se forma dentro de um indivíduo, e é um conceito baseado na mente sã de um indivíduo maduro que é capaz de distinguir o que é certo e boas ações, ou o que é errado e más ações. Falta-nos a consciência da liberdade individual, do autoconhecimento e da liberdade econômica. Muitos pedem no Brasil a Educação Financeira aplicada em crianças. O brasileiro está entre os piores povos para administrar  suas fianças domésticas ,  seu dinheiro, a maioria da população não sabe poupar e gastam mais do que ganham. Mergulham na compra compulsiva de superfulos. Mais de 70% da população brasileira  está endividada com empréstimos, cheque espacial e mãos de agiotas e nunca vão prosperar assim! 

Pelo que vejo e debato sobre  o tema , entendo que  Economia do Conhecimento é um termo que se refere a uma economia do conhecimento, que é toda  concentrada na produção e gestão do conhecimento e seus efeitos nas bases econômicas, ou mais expandidamente à uma economia baseada no conhecimento atuante, produtivo e de resultados. No segundo sentido, que é mais frequentemente utilizado, refere-se à utilização de tecnologias de conhecimento (tais como conhecimento, engenharia e gestão do conhecimento) para produzir benefícios econômicos. Uma sociedade do conhecimento caracteriza-se pelo fato de o maior número possível de cidadãos disporem de condições que lhes permitam utilizar a informação disponível de forma crítica e sem restrições, de modo a poderem formar o seu próprio julgamento no sentido de um argumento razoável. Crescerem como pessoas, e nas dimensões humanas, sociais, educacionais, cientifica – tecnológica e profissional. Tudo isso eleva a qualidade do Capital humano de uma nação e a sua indústria.

Numa economia do conhecimento, o conhecimento se fortalece como uma fonte central de competitividade e produtividade, especialmente através da utilização da TI. Os defensores do conceito de uma economia congênita sublinham que tal economia é crucialmente diferente de uma economia social tradicional: é quase independente dos recursos naturais escassos, a localização também não é importante, trabalha mais com neurônios e talento  e o aumento da produtividade tem apenas ver com o aumento do nível de educação da força de trabalho.

Tenho  estudado a Economia do Conhecimento e concluído  dentro de um conceito abrangente que é o conjunto de atividades econômicas que requerem um aporte intensivo de conhecimento humano para gerar valor e oferecer à sociedade novos produtos e serviços, que possam ser utilizados por todos os ramos da produção. Alguns deles são as indústrias de softwares, produção ou pós-produção audiovisual, biotecnologia, medicina, projetos especiais, serviços geológicos e de prospecção, serviços relacionados com a eletrônica e comunicações, serviços profissionais, nanotecnologia e nanociência. Indústria aeroespacial e de satélites ou tecnologias espaciais, a própria robótica, automação, sensoriamento remoto, drones e todo universo circundante da Inteligência Artificial, por exemplo se integram.

A engenharia do conhecimento tem como objetivos: instrumentalizar por meio de ferramentas a gestão do conhecimento organizacional; apoiar a decisão dos trabalhadores do conhecimento; e desenvolver sistemas de conhecimento mais efetivos. É a economia na qual o principal componente da agregação de valor, produtividade e crescimento econômico está no o conhecimento.

O conhecimento e as organizações - Para Alfred Marshall em “Princípios da Economia” (1890) o conhecimento é considerado o mais poderoso motor de produção. Por meio da informação, da tecnologia e do processo de aprendizagem, o conhecimento tem-se tornado um fator de produção, mudando as relações sociais, culturais e econômicas atuais. Também afeta as relações de mercado atuais, sendo um diferencial na forma de produção, propiciando crescimento econômico. Na teoria do desenvolvimento econômico, escrita por Schumpeter, em 1911, o autor considera como desenvolvimento as mudanças ocorridas no interior dos empreendimentos realizadas de forma proativa, utilizando-se a própria iniciativa da organização. “Todo progresso, evolução  e crescimento  nasce do conhecimento” (Eliezer Batista)