O que aprendi com Akio Morita
Akio Morita conseguiu fazer na Sony uma empresa de administração humana e competitiva. Reconhecida nos 4 cantos do planeta. Tivemos entre estudiosos de empresas um longo tempo de debates, atravessando décadas entre os TAYLORISTAS, os humanistas e os apologistas da reengenharia , Downsize e a colocação de suas culturas das estruturas empresariais, ações e iniciativas.
Mas muitos tentam a implantação de um modelo humanístico nas plataformas organizacionais e isso é antigo com os exemplos de DEMING e a Qualidade Total no Japão e Akio Morita e os seus grandes exemplos de um dos maiores empresários que o mudo já viu.
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"Acho que o valor está no trabalho em equipe, é fazer com que todos se sintam orgulhosos de participar de determinado projeto" .(Eliezer Batista)
Os CCQs foram propostos por Ishikawa, responsável por uma abordagem mais humana na qualidade. Segundo ele as pessoas deveriam ser responsáveis por conscientizar-se e propor melhorias em suas atividades, e deveriam ter um mínimo de conhecimento sobre ferramentas da qualidade. Antes de Ishikawa, Taylor havia proposto que as pessoas que executavam o trabalho não deveriam ser responsáveis por planejá-lo, será que ele estava certo?
Os CCQs são grupos de funcionários, em maioria das vezes da mesma área, que se reúnem de forma voluntária para discutir possíveis melhorias de desempenho, reduzir os custos, aumentar a eficiência, reduzir a quantidade de falhas, ou seja, por meio de ideias e interação humana são identificadas oportunidades de melhorias.
A história no Brasil
O CCQ teve início no Brasil em 1971 com a empresa Jonhson & Jonhson (farmacêutica), Volkswagen (automobilística) e Embraer (aviação), sendo pioneira na prática fora do Japão, juntamente com a Coréia e Tailândia. (CHAVES, 2000). Em 1980, no Brasil houve seis associações regionais e a União Brasileira de círculos de controle da qualidade. Em 1986, estas associações trouxeram o professor Ishikawa ao Brasil para ministrar cursos e seminários e nesta época havia em torno de mil organizações desenvolvendo o programa de CCQ.
Como se inicia na Vale, suas controladas, associadas, coligadas e joint ventures
Mas o que queremos abordar é como esta ferramenta ganhou espaço dentro da VALE e muito contribuiu em termos de economia, através de grandes trabalhos, que melhoraram a qualidade de vida no ambiente trabalho em todas as unidades da empresa sob todos aspectos relativos a finalidade do CCQ.
Isto acontece no final dos anos 70 e início de 80, quando Eliezer Batista em sua segunda gestão como presidente da VALE, visitava o seu amigo particular Akio Morita, inventor, empresário japonês, especialista em miniturizaização. O conceito de pequeno, tão comum entre os eletrônicos japoneses é explicado por Morita, pela ideia do Mottainai, algo como "não desperdice o que a natureza deu", por isso tentam diminuir o tamanho, usar menos recursos e produzir menos lixo, coisas que também precisamos aprender. , co-fundador da Sony Corporation em uma de suas fábricas . Ali foram apresentadas práticas de CCQ, que agradaram Eliezer Batista em relação aos resultados obtidos na Sony. Uma apresentação que trazia a economia de 100 mil US$ envolvendo logística chamou a atenção de Eliezer Batista.
Chegando ao Brasil, entusiasmado com Projeto CCQ, reuniu com o seu staff da VALE e determinou que fosse criado o projeto de implantação do CCQ nas minas ferrovias, portos e unidades industriais. Ele viu no CCQ uma condição prática de fazer o empregado crescer e ampliar o seu espaço participativo e coletivo e aditivar a comunicação entre as pessoas e aprender a trabalhar em grupo, como os japoneses trabalham e aproveitar o potencial criativo do empregado da VALE, ao entender que o CCQ era um treinamento quotidiano, que rendia dinheiro para a VALE.
Eliezer Batista, sempre considerou Akio Morita, um homem iluminado pela inteligência, criatividade e uma humildade incomum. Akio Morita na opinião de Eliezer Batista foi um exemplo empresarial, que todos deveriam seguir . Ele como poucos, soube conduzir uma administração humana e competitiva na Sony a tornou uma das empresas mais admiradas no mundo.
Eliezer recomendava a todos executivos do Brasil, ler o livro Made in Japan de autoria de Akio Morita. Já li 4 vezes este livro, que é na realidade a trajetória de um dos maiores empresários do mundo, que teve persistência e dedicação ímpar. Um grande exemplo! Eliezer me presenteou com o Made in Japan, o livro escrito por Morita, seu amigo particular em 1999.
Como Morita e Eliezer Batista viam CCQ
Para Akio Morita, a participação ativa de empregados em projetos como este estimulavam e motivavam os empregados a crescerem junto com a empresa e na VALE, Eliezer Batista via no CCQ, não só as afirmações de Morita, mas também um exercício de liderança e treinamento no trabalho em grupo com obtenção de sinergia e criatividade das pessoas, porque o trabalho em grupo bem coordenado ou liderado é capaz de trazer muitas soluções e produzir uma melhoria contínua onde o processo físico é mais robusto. Akio Morita foi um dos homens mais admirados do mundo pela sua inteligência, prodigiosa, simplicidade de dedicação e apoio a recuperação econômica e industrial do Japão.
A melhoria contínua, chamada Kaizen no Japão é o orgulho da cultura industrial dos empregados japoneses. Eles passaram a enxergar o problema na estação de trabalho como oportunidade de crescimento e através do orgulho e disciplina conseguem a solução adequada de forma simples e prática, e sempre trabalhando em grupo, formado por colegas de trabalho. Isto é muito comum nos japoneses e Akio Morita se entusiasmava com tudo que envolvia a grandeza, cultura, educação, determinação e comportamento de seu povo dentro e fora da indústria.
Morita era um apaixonado pelas crianças, o bem estar delas. Todos seus esforços foi dedicado para fortalecer a economia, educação, cultura e tecnologia do seu povo. A sua visão de estadista era contribuir e dedicar ao crescimento de futuras gerações e sustentabilidade do Japão, país em que nasceu. Ele conseguiu ainda dar toda esta personalidade a Sony, enquanto viveu.
O CCQ na VALE reunia um ótimo ambiente e aceite dos empregados e principalmente nas ferrovias, onde as oficinas no trecho são dispersas e exigiam criatividade e improvisação que casavam perfeitamente com a essência do CCQ, tendo de tudo para dar o resultado mostrado na Sony, assim como nas demais áreas da VALE que tratavam da geologia, mineração, ferrovia, portos, navegação, energia, minério de ferro, manganês, ouro, caolim, projetos de cobre, níquel, titânio, siderurgia, florestas, celulose, bauxita, alumina, alumínio e pelotização,
Os benefícios, ganhos e avanço nas empresas através das pessoas
O CCQ na VALE e em muitas empresas no Brasil trouxe grande evolução, redução de custo e melhores condições no trabalho. É tido como uma ferramenta importante e sempre moderna para promover o crescimento humano no trabalho e a gestão participativa. Na VALE economizou milhões, otimizou processos em todas unidades de operação e foram registradas centenas de patentes. Foi a ferramenta de maior crescimento humano, profissional, técnico e comportamental da empresa. levou a criatividade, moral dos empregados e a habilidade de trabalhar em grupo. Levou a VALE à um grande progresso.
Mas Eliezer Batista na época que pediu a implantação do CCQ na VALE sentiu pesadas resistências, as mesmas sofridas anos as pela Jonhson & Jonhson, muitos caciques e gente de RH, que não sabiam diferenciar uma perfuratriz de uma sonda da mineração, uma bomba de vácuo, de um gerador, ou um vagão de passageiro de um carro controle na ferrovia; dizima que: CCQ era coisa de japonês e que iria fracassar na VALE. Todos que vieram com essa conversa; "quebraram a cara!"
As grandes empresas do Brasil, passaram a utilizar o CCQ de forma rotineira promovendo Seminários estaduais e nacionais, premiando os melhores trabalhos, inclusive movimentando o registro de patentes, contribuindo com a evolução da tecnologia, know how e competitividade da indústria. Provando ser é uma ferramenta de melhoria extraordinária e ao mesmo tempo uma plataforma de melhoria técnica e comportamental.
Funcionado em mix da melhoria da administração de todos departamentos, tais como: de produção, manutenção, operação, engenharia, RH, Saúde Segurança, Meio Ambiente, Supply Chain, Suporte / Serviços Gerais. O CCQ também aprimora de forma extraordinária a comunicação interna e externa, uma área importantíssima e estratégica da Administração estratégica, tática e operacional, sendo capaz de motivar as pessoas.
Produzindo feedbacks, conhecimento, experiências, competência, habilidades, orgulho das pessoas e crescimento humano. Formando um ambiente coletivo de trabalho e aumento do capital humano nas empresas. O CCQ é conhecido globalmente por esses benefícios e eficiência, dentre eles também o fortalecimento dos líderes e identificação, lapidação e criação de outros líderes sucessores..
“Físico que sou; comparo a empresa como uma pirâmide. A pirâmide de base fraca rompe com facilidade e faz cair o topo. A sustentação física é feita pelos operários. Sustentam o esforço físico maior. Ficaram menos tempo na escola. O nosso compromisso é reforçar essa base no dia a dia, para não cairmos. Usando nossa liderança, educação, treinamento, empatia e planos de acesso aos melhores cargos. Desenvolvendo o talento dessas pessoas. Podem chegar diretores, porque conhecem as operações da empresa como ninguém. A ideia é fazer líderes sucessores cada vez melhores à medida em que estiverem escolarizados e tenham projetos de RH´s para conduzi-los. O Depto de treinamento tem função cada vez mais importante, de forma que os líderes operacionais sejam verdadeiros professores internos. Treinados em pedagogia empresarial e fortes na comunicação. Procuro conhecer todos os meus empregados e todas as seções da empresa. Gosto de cumprimentá-los e chamá-los pelo nome. Porque precisamos deles. A felicidade só é alcançada com a ação conjunta de todos. Criamos com isso o ensinamento da melhoria contínua para e perpetuar a Sony” (Akio Morita)
Administração é a tomada de decisão sobre recursos disponíveis, trabalhando com e através de pessoas para atingir objetivos, é o gerenciamento de uma organização, levando em conta as informações fornecidas por outros profissionais e também pensando previamente as conseqüências de suas decisões.
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