Marcelo Magoga

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Como Identificar os Sinais de Risco de Suicídio no Cotidiano e nas Redes Sociais

Como Identificar os Sinais de Risco de Suicídio no Cotidiano e nas Redes Sociais

c8d5a064.jpgSetembro Amarelo se foi e infelizmente muitas vidas também, com suicídios de pessoas que estavam decididas a dar fim a sua existência por inúmeros motivos. Este texto é parte da matéria de mesmo titulo publicado em setembro de 2019, pela BBC Brasil, excelente texto explicativo sobre os indicativos de suicídio, importante leitura.

"Na maioria das vezes, a gente não está muito atento ao que está acontecendo ao nosso redor. Mas todo mundo tem a capacidade de observar", diz Adriana Rizzo, voluntária do CVV Centro de Valorização da Vida, que oferece apoio emocional e prevenção do suicídio.

No caso, observar sinais de pessoas que possam estar pensando em tirar a própria vida. De acordo com a Organização Mundial de Saúde , a OMS, ocorrem aproximadamente 800 mil mortes por suicídio todos os anos e essa é a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, atrás apenas de acidentes de trânsito.

Os sintomas indicativos nem sempre são visíveis, muitas vezes são silenciosos, mas há alguns sinais para os quais podemos prestar atenção.

Listamos os sinais que podem indicar se alguém está cogitando suicídio, são um conjunto de fatores, segundo Adriana Rizzo voluntária do CVV:

Sintomas Verbais

Quando a pessoa diz, por exemplo, "quero me matar, quero morrer, vou cometer suicídio". Muitas vezes não se dá atenção para isso, pois se crê que a pessoa não está falando a verdade ou que quem fala não faz.

Quando diz "estou muito cansada, não quero continuar". É algo que, isoladamente, não recebe muita atenção das pessoas. Mas junto com outros sintomas, tem de ser visto com um olhar mais diferenciado, explica.

Sinais Comportamentais

Isolamento: o individuo deixa de ir à escola, falta a compromissos sociais ou ao trabalho com regularidade, muitas vezes sem motivo aparente.

Desinteresse: repentinamente, a pessoa deixa de fazer as atividades de que gosta.

Alimentação: come mais ou come menos que o usual, com isso perde ou ganha peso em excesso

Mudança no sono: tem insônia, sem sono durante a noite ou sono muito curto ou perturbado. Se dorme demais, a hipersonia, ou seja, tem sono durante o dia ou dorme demais durante a noite.

Agressividade: jovens ou mesmo crianças, às vezes a depressão é confundida com agressividade e timidez excessiva.

"Sintomas de depressão associados a sinais verbais pode mostrar que pessoa está em risco", diz Karen Scavacini, psicóloga especialista em suicídio, "mas tudo depende de muita coisa. Às vezes a pessoa está com risco baixo de suicídio e tem um desencadeante forte, como ser mandada embora do emprego, perder alguém importante. Pode ser a gota d'água. Esses períodos de estresse demandam maior atenção", afirma.

O CVV oferece apoio emocional e prevenção do suicídio durante 24 horas por meio de chats online, ligações ou mesmo e-mail. Não é necessário se identificar e a pessoa pode ligar quantas vezes quiser.

Os voluntários se dispõem a atendimentos durante 4 horas por semana, ficando à disposição para atendimentos virtuais, pelas redes sociais ou chat e por telefone, no Centro de Valor

ização da Vida.

Redes Sociais Exigem Atenção Também!

Para Scavacini, é preciso monitorar as "mudanças na forma de uso" das redes. "Quando a pessoa começar a usar mais as redes, ficando mais isolada", por exemplo, ou quando ela começa a "seguir páginas com conteúdo que tenham mais relação com depressão ou questões ligadas à morte" - esses são possíveis sintomas de depressão ou tendência de suicídio.

"Muita gente vai fazer essa comunicação nas redes. O difícil é conseguir entender até que ponto é um pedido de ajuda ou uma comunicação de que vai fazer alguma coisa naquele momento."

As pessoas se expressam de maneira diferente em redes diferentes - com menos sinceridade em posts do Facebook, por exemplo, e mais abertura em comentários de vídeos no YouTube, que não aparecem para as redes de contato -, e plataformas também têm tomado medidas para monitorar o conteúdo.

Usuários que identificarem conteúdo impróprio, como vídeos ou mensagens incitando o suicídio ou mensagens de pessoas que pareçam inclinadas a tentar isso, também podem agir, usando canais de denúncias das plataformas (no Facebook, clicando nos três pontinhos no canto superior direito da publicação; no YouTube, nos três pontinhos localizados no canto inferior direito de cada vídeo; no Twitter, na lateral direita superior do tuíte; no Instagram, nos três pontinhos do lado superior direito).

O Facebook, por exemplo, envia uma mensagem dizendo "Um de seus amigos está preocupado com você", oferecendo opções de ajuda ao usuário.

Pela TV, a Netflix, exibe a série 13 Reasons Why que aborda o tema.

Identifiquei os sinais, e agora, o que faço?

Caso desconfie que alguém próximo está pensando em suicídio, não fique parado, tome uma atitude, sendo a primeira atitude inicando uma conversa com a pessoa. Aborde com uma "postura acolhedora", diz Scavacini.

É preciso "segurar o julgamento" e começar uma conversa dizendo, por exemplo: "Estou preocupado com você, percebi que você está assim [diga como]. Está acontecendo alguma coisa? Estou aqui para te ajudar" ou então: "Como você está se sentindo hoje?"

Escute. Depois que perguntar como ela está, o importante é deixar a pessoa falar. "Muitas vezes, a pessoa colocar em palavras o que ela está sentindo pode ser relevante. Ela pode sentir que é importante para alguém, e isso pode lhe dar um bom apoio", afirma a psicóloga.

Escolha um lugar calmo e converse com tempo, dando total atenção à pessoa e ao que ela tem para falar. Ela pode demorar um pouco para se abrir, então seja paciente.

Na conversa, é importante perguntar se a pessoa está pensando em fazer alguma coisa com ela mesma.

"Se ela disser que sim, você deve tentar conectá-la a um serviço de saúde mental. Pode se oferecer para ir junto, garantindo que ela receba algum tipo de ajuda e checando depois se ela realmente chegou a ir e se conseguiu a ajuda de que precisva. A pessoa com sofrimento emocional intenso precisa ser guiada", afirma Scavacini.

Ela destaca que há vários caminhos: faculdades, clínicas, escolas, CAPS Centro de Atenção Psicossocial.

Se a pessoa disser que não está pensando em fazer algo, você deve se colocar à disposição para conversar com ela. Dizer: "Estou preocupado, estou aqui para o que você precisar", continuar oferecendo ajuda e, de tempos em tempos, voltar a ter essa conversa. "Já se for um jovem e você for pai ou mãe, você vai tentar conversar mais vezes, marcar uma consulta para o jovem", diz Scavacini.

Se o adulto disser que está pensando em se matar e disser concretamente que tem uma arma em casa ou que já pensou a maneira como vai fazer isso, é recomendável procurar a família e procurar a orientação de profissionais da saúde mental.

Cada caso é diferente de outro e caso os sinais sejam identificados, o importante é agir.

Onde buscar ajuda?

Nas unidades de Pronto Atendimento ou Hospitais procure pelo serviço de Psiquiatria ou mesmo converse com o Clínico Geral de plantão expondo o caso. 

CAPS e Unidades Básicas de Saúde - saúde da família, postos e centros de saúde

UPA 24h Unidade de Pronto Atendimento 24 horas

Samu 192 Serviço de Atendimento Médico de Urgência 24 horas

CVV Centro de Valorização da Vida - oferece apoio emocional e prevenção do suicídio ligue para telefone 188, ligação gratuita a partir de qualquer linha telefônica fixa ou celular, acesse o site www.cvv.org.br, o CVV realiza atendimentos via Chat, Redes Sociais, Skype ou E-mail

Procure ajuda profissional, consulte um Psicanalista. Em qualquer sinal descritos procure ajuda ou ajude a pessoa orientando-a.

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