OS DESAFIOS DA MINERAÇÃO

Foram lições duras e amargas o rompimento das barragens da VALE  de Mariana e Brumadinho, a história mundial da mineração foi impactada e cabe a VALE a restauração ambiental de MG e ES, a bacia do Rio Doce e  lamentarmos para o resto de nossas vidas as quase 300 mortes, é hora da  VALE assumir as suas falhas. Aprimorar a comunicação, coisa que as mineradoras precisam urgente, buscar o entendimento. Melhorarem o capital comunicacional, comunitário, ético , compliance, empresas cidadã, sócio - ambiental. Ter um amplo diálogo e garantir a segurança da população vizinhança  dos eixos de suas barragens. Isso demanda investimentos em projetos, manutenção e monitoramento. Tecnologias modernas e seguras. Muitas ações tem sido implementadas em função das tragédias e a legislação, a fiscalização estão intensificadas.

A  mineração é um dos fortes pilares da Economia Brasileira, porque a mineração antes da pandemia respondia  por 4% a 5%  do PIB e perto de 400 bilhões e oferece produtos para variados tipos de indústria como siderúrgicas, fertilizantes, petroquímicas e metalúrgicas, além de insumos diretamente ao agronegócio..  Empregando  2,5 milhões de pessoas. Exporta em média 400 milhões de toneladas ano. MG e PA são estados líderes da atividade. Chegamos a ter  9.600 mineradoras ativas no país, antes da pandemia. Das  853 cidades de Minas, 480 tem atividade mineral. Juntas geram bilhões na cadeia de suprimento, impostos, etc. A massa salarial das mineradoras movimenta a economia e comércio local. Produz conhecimento, tecnologia, capital humano e operacional. Com as tragédias das barragens da VALE de Mariana e Bumadinho  foram grandes os  impactos na economia de Minas, com déficit de mais de 50 milhões de toneladas de minério de ferro ano. Perda de arrecadação e postos de trabalho.  Lamentamos as  quase 300 mortes. Defendemos as investigações ocorram. Somos solidários a Carta compromisso do IBRAM perante a sociedade.  É importantíssimo que a população leia  no Google. Hoje a contribuição do PIB caiu em função da pandemia e se recupera economicamente, está na ordem de 2,4% .

 

Mas    Brasil pode dobrar participação da mineração no PIB em 5 anos,  chegando a 4,8% diz ministro. das Minas e Energia.  O BRASIL conhece pouco de seu subsolo  Apenas 30% do território brasileiro apresenta mapeamento geológico em escala condizente com a pesquisa de jazidas. Considerando apenas os investimentos privados em pesquisa, foram empregados no Brasil, em 2009, US$ 234 milhões -ou apenas 3% do total mundial. Esse valor fica abaixo do de países como Peru (7%) e Chile (5%). O novo descobrimento do Brasil, de como ele poderá ser mais competitivo, passa pelo conhecimento de seu sub solo.E tanto a pesquisa estatal quanto a particular -que pode ser viabilizada com financiamento via Bolsa de Valores, estímulos fiscais, por exemplo- precisam ser fomentadas. Para tornar a questão ainda mais grave, criam-se reservas naturais intocáveis, com o nobre objetivo de preservar a fauna e a flora das intervenções humanas.

Nobre, mas nem tão vantajoso para o país, porque nem sequer há como estudar o subsolo para que os brasileiros saibam quais eventuais jazidas estão ali ocultas. Leve-se em conta que a exploração mineral empresarial é uma das atividades que menos provocam impactos; geralmente atua em 5% das áreas concedidas, preservando os 95% restantes. A floresta de Carajás (PA) é um exemplo dessa realidade. O Brasil, embora seja um importante "player" no setor mineral, apresenta séria dependência externa de minérios essenciais. É o quarto maior consumidor de fertilizantes, mas responde por apenas 2% da produção. Importa 91% de suas necessidades de potássio e 51% das de fosfato, ambos utilizados na fabricação de fertilizantes. Com os bilhões de dólares empregados na importação desses insumos, o Brasil sangra sua balança comercial todos os anos. Notícia publicada na Folha no último sábado dá uma boa mostra da importância de investir em pesquisa geológica. A China, acusa a Alemanha, contigência a exportação de minérios raros utilizados em equipamentos de alta tecnologia. Quem assegura que o Brasil não detém grandes reservas desses mesmos minérios raros ou de fosfato e potássio em seu subsolo? Sem pesquisa mineral, nunca saberemos.

A pesquisa geológica, base para o desenvolvimento do setor mineral, compreende os levantamentos geológicos básicos, a prospecção e a exploração mineral1. É também fundamental às diversas áreas da engenharia e ao planejamento para a gestão do meio físico.. Portanto a  geologia está parada faz anos. Peru e Chile investiram mais nos últimos anos e tiveram novas descobertas de minerais e metais. A burocracia, CUSTO BRASIL, insegurança jurídica, barreiras políticas, afugenta investidores e atrapalham a competitividade.   Os desafios das mineradoras são: custo de energia, carga tributária, tecnologia para gerir teores e solução de rejeitos. Investir em projetos de engenharia para deixar as barragens mais seguras. Desburocratizar os muitos licenciamentos parados. Aprimorar a comunicação e o relacionamento com as comunidades vizinhas De positivo; as mineradoras criaram a aliança Mining Hub. (Hub da Mineração) centro de produção de ciências das mineradoras juntas. Avançaram uma década. Trabalho excelente, Parabéns! 

O desenvolvimento só pode ser sustentável essa é a crença da mineração moderna.  A palavra desenvolvimento sustentável, é filha da mineração. Ganhou projeção e corpo somente com a filosofia operacional do Projeto Carajás, onde estive por 18 anos. A CVRD priorizou o conceito pioneiro da mineração verde sustentável mostrada na Eco-92. Economizaram US$ 1,4 bilhões e entregaram o projeto antes do prazo. Foi o único projeto estatal que sobrou dinheiro e entregue nessa condição. Pesquisas feitas na Praça Sete em BH.  Mostram que nem todos mineiros conhecem a mineração. Embora chamemos Minas Gerais, muitos não sabem que a água, o petróleo, de onde se extrai a gasolina. Brita, areia, manganês, nióbio são minerais. Enxergamos Minas, praticamente só pelo minério de ferro e a VALE. Os carros, celulares, aviões, televisão, fertilizantes, remédios, edifícios, e tudo que usamos vêm da mineração em forma de minerais e metais transformados e isso, não é só minério de ferro. A nossa missão é levar as pessoas para a mineração e trazer a mineração para as pessoas, em forma de conhecimento. Tratando esse tema como projeto de treinamento, educação e comunicação para a população de Minas. A educação. é prioridade, é a minha missão como vice presidente do Conselho  Empresarial de Mineração e Siderurgia, e  tenho trabalhado para isso com  dedicação, compromisso, orgulho e satisfação.

Falta de conhecimento não é atestado de incompetência. As causas estão na limitação financeira, falta de oportunidade de aprender, etc. A educação ambiental no eixo das mineradoras para crianças e adultos passa a ser um instrumento estratégico de multiplicar educação e conhecimento. “O conhecimento e informação são os recursos estratégicos para o desenvolvimento de qualquer país. Os portadores desses recursos são as pessoas.” (Peter Drucker) A maior parte da população de Minas não sabe o tamanho da nossa economia. O PIB nosso  beira 1  trilhão, . Temos do minério de ferro aos carros e helicópteros 100% de recursos produzidos aqui no solo mineiro por nossa gente. 

Eu e a esposa somos sócios. Primamos pela eficiência. Gestão de risco, planejamento, swot, estratégias  e comunicação. As decisões são coletivas sempre . pelo  raciocínio sistêmico e holístico. Preferimos pessoas que praticam voluntariado. Proativas, de raciocínio lógico, senso de dono, urgência e economia. Estudiosas de sustentabilidade, melhoria contínua e que gostam de mudanças. A nossa vida é um sistema. As duas empresas nossas, embora pequenas ,  o instituto e a universidade corporativa são quatro  sistemas.  Estamos sempre lidando com decisões, mudanças e sistemas.

 

Temos então, de preparar as pessoas para o sistema, e o sistema para as pessoas com didática, manutenção da competência, pedagogia empresarial. Inovação e comunicação. Somos motivadores, operadores e planejadores de mudança. Assumindo o papel de coach. O nosso ambiente de trabalho é de empatia, bom de trabalhar. Decidimos por 100% Home Office. Aprendemos na pandemia. A tecnologia veio para mudar, inovar. Fazer diferente, estar em vanguarda. Coisas novas de gestão dos negócios e evoluídas.  A natureza de nossa atividade permite isso, pois fazemos comunicação e negociação. Nós valorizamos o capital humano e defendemos o voluntariado não só nas empresas, mas nas escolas de todo Brasil, como disciplina obrigatória de 60 horas ano, incluindo curso superior e TCC. 

O voluntariado cresce. O coronavírus trouxe mudança, fé, visão humana, solidariedade  e fraternnidade.  Vimos o sofrimento e incertezas. As crises, as dificuldades produzem sentimento de ajuda mútua. Nessa hora existe união das pessoas. Os europeus e asiáticos passaram por guerras, são solidários. Dona Jutta, alemã esposa do Dr.Eliezer já me disse isso. Ela sempre ajudou as pessoas. Hoje o Instituto Jutta Batista, ajuda milhares de pessoas, inclusive APAES no ES, perto de 50 mil pessoas.  .

 Muitos estudantes não querem ser cientistas nem professores pela baixa remuneração. O Brasil possui, cerca de 700 cientistas por milhão de habitantes, enquanto a China possui 1.100, a Rússia 3.100, a União Europeia 3.200, os Estados Unidos 3.900, Coréia e Singapura 6.400, Israel 8.300. Na América do Sul,  o Brasil está em segundo lugar, abaixo da Argentina, que tem 1.200. Está havendo fuga de cérebros para os países desenvolvidos. No Japão e Coréia do Sul, 5% dos melhores alunos, os cérebros potenciais querem ser professores, ao invés. de irem para NASA ou

Microsoft. Professor é a profissão nobre. Produz cultura, informação, conhecimento, ciência e valores. No Brasil precisamos valorizar o professor, não o militante. Priorizar a física e matemática. Instrumentaliza-los, dar condições, recursos, treinamento, manutenção da competência, segurança e melhores salários.  País e empresa que não investem em saúde educação, ciência, inovação, pesquisa e tecnologia. Vão estar fora da civilização moderna. A produtividade na indústria de transformação caminha para 1 /4 do americano.

Falta educação, treinamento,  investimento em pessoas, processos, tecnologia, projetos e inovação para melhorarmos.  O maior patrimônio e ativo da nação é a saúde e educação de suas crianças e da sua juventude.   Meio milhão de zero em redação no ENEM. Passam de ano, nas escolas milhões de crianças que chegam aos 15 anos, e não sabem ler com desenvoltura, fazer conta e escrever. Nas faculdades chegam escrevendo mal. Eles não têm culpa. As escolas estão fracas por uma série de motivos. Há escolas que pagou, passa sem exigir conhecimento. Embora criticado, os colégios militares provam por A +B que são os melhores do Brasil em disciplina e rendimento que orgulham os pais dos alunos; com notas entre 8 e 10. São melhores ranqueados na América Latina e ingresso no ITA, onde só entra com conhecimento acima da média. Aluno de colégio militar aprende e são os melhores do Brasil pela força da disciplina e cultura de primeiro lugar. Entrevistei em 2014, três técnicos em mineração. Dois não sabiam calcular densidade, o básico. Na antiga escola técnica de MG com os dois primeiros dias de aula qualquer aluno sabia. Graduação e Pós Graduação por EAD é só para gente madura e com mais de cinco anos de mercado, antes desse tempo, forma pouco aprendizado, raras exceções. E tem gente demais graduando por EAD. 

Acho que a leitura do Livro  Made in Japan de Akio Morita, que ganhei de Eliezer Batista em  em 1999, me trouxe outra visão da administração. . Sou apaixonado pelo Japão. Quando existe educação nos líderes exponenciais e trabalhadores, a exemplo do Japão.  Existe família, indústria  e nação trabalhadora e exponencial. Os liderados imitam os líderes pelos exemplos. Nessa relação humana, eles crescem e melhoram continuamente. Formando com orgulho a filosofia Kaizen do povo japonês. Retrata, união pelo comprometimento, alianças e determinação das pessoas. 

“Todos nós, aprendemos imitando, como crianças, como estudantes, como novatos no mundo dos negócios. E então crescemos e aprendemos a misturar nossas habilidades inatas com as regras ou princípios que aprendemos. “ (Akio Morita). Aprendi que a crença maior é de que  o lucro não pode ser a qualquer custo. É mandatório respeitar a segurança das pessoas, ouvi-las. Cuidar do meio ambiente. Ser corajoso, transparente às luzes das melhores e mais seguras práticas operacionais. Corretas, sustentáveis e responsáveis. Não aceitar a ocultação de riscos. Reprovando tudo aquilo que vai contra a consonância desses valores.  O nosso capital ético é tudo. O meu compromisso e de minha esposa parte dessa condição e personalidade. No dia que não pudermos mais exercer essa conduta de valores e determinação das nossas empresas e do nosso instituto, nós saímos do mercado. 

(*) Rowan Pedro de Araújo - Graduado em Administração com Ênfase em Marketing, Pós Graduado em  Gerência de Projetos, pós Graduado Economia Local com Ênfase em Desenvolvimento Sustentável, Pós graduado em Gestão de Pessoas (EAD) . Consultor e Conselheiro Independente. Vice Presidente do Conselho Empresarial de Mineração e Siderurgia- ACMinas - Associação Comercial e Empresarial de Minas, ambientalista, educador. Presidente  interino da ASMAGS - Associação Mineira do Agronegócio Sustentável. Membro do Conselho de Administração da Costa & Faber, proprietário da RA Business to Business - minérios ativos. Exportação de café e carne / proteína animal. Proprietário da RA Tecnologia. Fundador do IDIS Instituto Ivone Di Spírito, destinado a ajudar crianças com síndrome de down, APAE´S e Equoterapia - Fundador da UNIDIS Universidade Corporativa Virtual. Negócios