Para entendermos de meio ambiente e sustentabilidade é importante conhecer os conceitos da Geografia Humana .

"No momento em que pegou pela primeira vez uma pedra ou um galho para usar como ferramenta, o homem alterou irrevogavelmente o equilíbrio entre ele e o seu meio ambiente. Enquanto o número destas ferramentas permaneceu pequeno, seus efeitos demoraram muito tempo para se espalhar e causar mudanças. Mas a medida que aumentou o mesmo ocorreu com seus efeitos: quanto mais ferramenta, mais rápido o ritmo da mudança.” ( James Burke, Connections)

“A todos que lutam por um lugar onde a espécie inteligente saiba encontrar o equilíbrio com os milhões de seres com os quais compartilha seu destino. Esta é uma contribuição à maior missão humana do século XXl, a conservação do planeta.” (Autores do Dicionário Brasileiro de Ciências Ambientais – Thex Editora)

Sou grato, ao Dr. Eliezer Batista. Em 2003, conseguiu para mim o curso gratuitamente de Geografia Humana com o sueco  Kristofer Crnkovic. É a ciência que tem por objetivo o estudo da superfície terrestre e a distribuição espacial  de fenômenos significativos na paisagem. Para alguns a Geografia também pode ser a prática humana de conhecer onde se vive para compreender e planejar o espaço onde se vive. É uma ciência extraordinária! Mas pouco  difundida. Para entendermos de meio ambiente e sustentabilidade é importante. Morei em 4, das 5 regiões do Brasil. O sueco conhecia a formação, crescimento das cidades e o comportamento da população como poucos. Disse que teríamos enchentes e deslizamentos graves. Devido o crescimento desordenado. Falta de políticas de planejamento, plano diretor, estudos geológicos preventivos, etc. Alertou as autoridades também.

A GEOGRAFIA HUMANA:

A geografia humana é um ramo da geografia que estuda os modelos e processos que moldam as interações dos humanos com o meio ambiente, com foco nas causas e consequências da distribuição espacial das atividades humanas na superfície da Terra.

A geografia física se preocupa em estudar aspectos do ambiente que cerca os humanos, incluindo topografia, clima e vegetação, bem como corpos de água marinhos e oceânicos. Quanto à geografia humana, trata do estudo da distribuição das sociedades humanas, da extensão da influência mútua entre elas e seus ambientes naturais, e das imagens sociais resultantes da interação humana com seu ambiente local, como a distribuição da população e padrões de urbanização, sejam urbanos ou rurais. Inclui também o estudo da atividade humana e suas influências e estrutura política como um fenômeno geográfico que representa áreas da superfície da Terra tem seus limites artificiais, seu potencial econômico e humano, e os problemas resultantes que são necessariamente dirigidos e influenciados pelas condições geográficas prevalecentes nos níveis regional e global. A geografia humana é determinada pelo estudo das características de interação, e das diferenças e semelhanças entre diferentes regiões nos ambientes com seus elementos naturais e recursos de riqueza mineral como base e base para a compreensão dos elementos culturais ou artificiais, dela resultantes. e interligados com ele dentro de uma estrutura ambiental específica. Assim, confirma o princípio da correlação, que resulta na compreensão das relações de causa-efeito entre o homem e o seu meio ambiente. A geografia humana passa assim a ser definida como a ciência que se preocupa em descrever e analisar padrões espaciais de fenómenos fixos e mutáveis de origem humana na superfície da Terra. A geografia humana está dividida em três ramos principais.

Primeiro: Geografia Social : A geografia social está intimamente relacionada com a sociologia, como se entende pelo seu nome, e cada um dos seus ramos também está intimamente relacionado com algumas outras ciências.A geografia populacional está intimamente relacionada com a ciência populacional ou a demografia. A geografia da construção urbana e rural está intimamente relacionada com a ciência do planeamento urbano e rural, e a geografia dos serviços depende de todas as ciências anteriores na distribuição e classificação dos centros de serviços.

. Geografia Populacional : A Geografia Populacional é um ramo da geografia humana, que estuda as múltiplas relações que existem entre o homem e o seu meio ambiente, sendo a população o eixo principal em torno do qual, e através dela, giram muitas ciências em vários campos, sejam elas humanas. ou ciências aplicadas. Do exposto fica claro que os estudos geográficos da população abordam três aspectos principais: o crescimento populacional, a sua distribuição na superfície da Terra e a sua composição (idade, género, económica, religiosa e educacional). as relações espaciais que distinguem a geografia populacional da demografia.A ciência que trata da população digital como um sujeito independente do meio ambiente.

Geografia das raças (geografia das raças humanas).

Geografia populacional.

Geografia das cidades.

Geografia política.

Geografia regional.

A geografia econômica inclui muitos ramos da geografia, tais como: geografia da agricultura, geografia da indústria, geografia da produção mineral, geografia dos transportes, geografia do marketing, geografia do uso da terra, geografia da energia, geografia dos recursos econômicos, geografia do turismo, geografia do consumo, geografia dos serviços e geografia do comércio internacional.

Métodos de pesquisa em geografia humana:

Entre os métodos ou contextos de pesquisa mais proeminentes na geografia humana estão:

Abordagem ambiental

Esta abordagem centra-se no estudo das relações recíprocas e interativas entre os humanos e o seu ambiente natural, mas a interpretação desta relação varia de acordo com um de dois pontos de vista geográficos ou escolas:

A escola determinista: que vê a completa submissão do homem às condições do ambiente natural, e depois o estudo inclui destacar essas condições naturais, e acompanhar o impacto do clima na distribuição da população, por exemplo, e nas suas migrações, e na orientação política e económica das relações entre países, e na distinção entre regiões de abundância e regiões de angústia.

A escola da possibilidade: que acredita que os seres humanos têm potencial para escolher o que lhes convém e que influenciam o meio ambiente da mesma forma que são afetados por ele. Assim, o estudo centra-se nas condições humanas e nas formas de adaptação humana ao ambiente natural, nos factores e fases do progresso técnico e nos padrões de urbanização humana, incluindo a população, a habitação, a organização administrativa e política da vida e a melhoria da sua qualidade.

Abordagem de análise estrutural

Esta abordagem nasceu da revolução quantitativa que surgiu no pensamento geográfico desde a década de sessenta do século XX, e o seu interesse centrou-se na análise das localizações e lugares dos fenómenos, a tal ponto que a abordagem foi por vezes chamada de escola das localizações. No entanto, o enfoque nas localizações não descurou os factores que influenciam os fenómenos, bastando que a análise do local e da localização venha em primeiro lugar, seguida do estudo dos factores que influenciam.

Abordagem comportamental

Essa abordagem também surgiu na década de sessenta do século XX, e a ideia da abordagem comportamental se baseia no que foi alcançado nos estudos psicológicos que focaram no tema da percepção das coisas. Alguns geógrafos estavam entusiasmados com esta tendência comportamental e acreditavam que a geografia humana como um todo deveria basear-se na compreensão do comportamento humano e das suas conexões espaciais, com base em dois princípios principais, o primeiro dos quais é que o comportamento humano é o factor básico na composição das sociedades e organização das populações. A segunda define uma sequência de passos e a natureza do comportamento humano no trato com o meio ambiente para organizar o local.

Abordagem de prosperidade

Esta abordagem apareceu em 1977 pelo geógrafo David Smith. Esta abordagem baseia-se no princípio de que o ponto focal na geografia humana deve ser “a qualidade da vida humana”. Para determinar a qualidade de vida é necessário definir conceitos de valores econômicos.

Outras complementares : 

Geografia econômica

Revolução quantitativa

Geografia alimentar ( Segurança alimentar)

Geografia Cultural (Capital Comunicacional, Cultural e  Comunitário)  - MINERADORAS  E INDÚSTRIAS 

Portanto O conhecimento da geografia é muito interdisciplinar porque pensar sobre espaço e lugar abrange uma variedade de tópicos, como economia, saúde, clima, plantas e animais. A geografia humana, por sua vez, é uma disciplina ampla que reúne muitas disciplinas importantes para a compreensão do mundo hoje. A geografia humana concentra-se nas relações espaciais das atividades humanas e, em particular, em como os processos e relações sociais, econômicos, políticos e culturais são formados e expressos geograficamente.

Nesse caso a geografia passa a ser um projeto permanente de aplicação e aprimoramento de relações locais. É importante as alianças entre as lideranças  das mineradoras /  industrias locais com as lideranças comunitária locais   para fomentarem, formarem e  criarem  relações harmoniosas. Os projetos de diversidade  da economia local para sustentabilidade e coesão social, que se fundem na produção de capital humano  local, do conhecimento, do capital comunitário, do capital comunicacional. Chegamos dessa forma ao desenvolvimento humano, social, cultural, econômico local. Lembrando  que a Educação Ambiental para crianças, jovens e adultos no raio das operações industriais  é  uma iniciativa estratégica de comunicação, harmonia e produção de conhecimento.

Em outras palavras, geografia humana, sociedades humanas e como elas se desenvolveram, sua cultura, economia e política no contexto de seu ambiente; Reconhece as grandes diferenças de culturas, sistemas políticos, economia, perspectivas e ambientes do mundo e descobre as conexões entre eles.

Basicamente, reconhecer as causas das diferenças e desigualdades entre lugares e grupos sociais abriu o caminho para muitos desenvolvimentos mais recentes na geografia humana.

A geografia humana inclui: geografia da população , geografia histórica , geografia política , geografia cultural (raça e idioma), geografia urbana e planejamento urbano , econômico geografia, transporte geografia , geografia rural e planejamento rural, nômade geografia , geografia médica e Doenças, É a geografia militar

Para entender de meio ambiente conecto na sustentabilidade, nós devemos entender um pouco de Geografia Humana, é uma das ciências mais perfeitas, amplas e interessantes que temos na nossa natureza humana, o nosso ecossistema em geral.

O conceito da geografia dá voltas ao mundo, nas floresta, rios, ar, solo, cidades, edifícios, indústria e tudo que vimos e sentimos no planeta com elemento no centro das relações com o universo terrestre..

Se o governo tivesse o Ministério de Geografia Humana. Poderia englobar quase todas as ações imediatas nele. A educação ambiental, meio ambiente, sustentabilidade, engenharia de cidades e urbanização. Humanização de cidades.. Suporte ao agronegócio, gestão de cidades, sistema sanitário e estratégias de desenvolvimento humano, social, profissional, industrial. Estudar a água, poluição, saúde, o lixo. A falta de chuvas, o aquecimento global. Energias alternativas, desmatamento.

As dificuldades de viver em cidades grandes mal planejadas, etc. . É uma super ciência. e é o que eu mais estudo nos meus 26 livros desse tema.

O PROFESSOR  nos disse no curso que ficou aterrorizado com o favelamento nas encostas dos morros nas principais metrópoles do Brasil e o risco iminente de deslizamento e mortes. Enxergou  a falta de ação e responsabilidade. Loteamentos irregulares, autorizados por propinas. Construção de prédios altos nas orlas marítimas, que além de fazer sombra na praias, rouba a ventilação natural das brisas que não chegam nos bairros pobres atrás dos prédios e viram microondas. As restingas que vertem a suspensão das areias das praias desapareceram. Tudo isso são impactos da Geografia Humana.

Viu aterros de manguezais, lixões em locais indevidos e uma série de outros exemplos vergonhosos que agridem o meio ambiente, a vida social, paisagem das cidades pichadas e até mesmo o seu patrimônio histórico. Para ele, os problemas de meio ambiente do Brasil estão mais graves é dentro das cidades. Na ecologia urbana, poluição a visual de prédios pichados. Levantamento inédito elaborado pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública (Abrelpe) aponta que o Brasil tem hoje quase 3 mil lixões ou aterros irregulares que impactam a qualidade de vida de milhões de brasileiros.

As cristas de morro foram desmatadas e não tem mais árvores para amortecerem a queda das águas das chuvas e fazer a infiltração escalonada da água no solo. Carregam a terra pura para o leito dos rios. Assoreiam em vários pontos.

Não existe mais mata ciliar robusta para proteger rios da erosão. AÍ... qualquer chuva de 15 minutos em  qualquer  capital é o caos . 

SP, RJ e BH com milhares de bueiros e galerias entupidas e uma população que faz dele, descarte de lixo por falta de educação ambiental. Complementam o caos..O mais grave é falta de esgoto, água não tratada, desperdícios de até 30% em vazamentos das redes. Nas caixas de água das escolas públicas em muitas foram achados até 30 pardais mortos e decompostos. Crianças com diarreia, baixo aprendizado. As professoras primárias foram ameaçadas de demissão se chegassem denúncia na mídia.

Hoje no mundo - ONU: 575 milhões de pessoas podem viver na pobreza extrema até 2030.  46% da população mundial vive sem acesso a saneamento básico. Novo relatório lançado pela Unesco na abertura da Conferência da ONU sobre Água aponta que mais de um quarto das pessoas em todo o mundo (46% da população) sofrem com a falta de água potável e sem acesso a saneamento básico. Insegurança alimentar: ONU afirma que 735 milhões de pessoas passam fome no mundo - Brasil Escola. Número saiu no relatório O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo (SOFI) 2023 publicado hoje

A  VANGUARDA EMPRESARIAL - ESG - 

São duas pastas vitais: SAÚDE  E EDUCAÇÃO.  Pesquisas da nossa situação e os esforços sustentáveis para preservarmos o planeta de uma condição humana, social, ambiental e econômica. Não assustem com a estatísticas, os números preocupantes que afetam a humanidade. A nossa situação no planeta não é nada animadora. Da forma que o homem cria os problemas, ele cria a solução dos problemas através da inteligência, criatividade, engenharia e outras ciências. Mas isso só poderá fluir com uma ação conjunta de todos nós e os países também.

Com muito esforço e cooperação mútua pela inteligência e ação coletiva em prol do nosso planeta. Uma filosofia sustentável da Ecoeficiência e Eficiência empresarial, industrial, política e social é essencial sob uma realidade ampla e global, porque só assim avançaremos em prol da preservação do mundo e todo tipo de vida, seja de animais de todas as espécies e as plantas, árvores, florestas, nascentes, rios, lagos, lagoas e oceano que nos servem.